Polícia

03/07/2018 18:00

Decapitado pelo PCC foi morto porque representava 'risco' para rivais, diz testemunha

John Hudson dos Santos Marques, 27 anos, era membro do Comando Vermelho e foi executado por membros do PCC em fevereiro deste ano

03/07/2018 às 18:00 | Atualizado Kerolyn Araújo
Reprodução/Facebook

Seis testemunhas de acusação da morte de John Hudson dos Santos Marques, 27 anos, que foi decapitado por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) em fevereiro deste ano, prestarem depoimento na tarde desta terça-feira (3) ao juíz Aloízio dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. Uma das testumunhas relatou que um dos presos teria dito à polícia que John foi morto porque representava risco para membros da facção e seus familiares.

Conforme um dos cinco policiais que participaram da investigação do crime pela Delegacia  Especializada na Repressão aos Crimes de Homicídio (DEH) e foram ouvidos como testemunha, um dos autores disse que John, que era membro do Comando Vermelho, foi morto porque representava risco para os membros do PCC e seus familiares. Ele estaria 'forte' na área de venda de armas e tráfico de drogas na cidade.

No total, sete pessoas participaram do crime. Leonardo Caio dos Santos Costa, Wellington Felipe dos Santos Silva, Gabriel Rondon da Silva e Eloinai Oliveira Emiliano, teriam sequestrado a vítima. Makson Ferreira dos Santos seria o dono de um barraco no bairro Mário Covas, onde a vítima foi 'julgada'. Ele cedeu o local a pedido do irmão, Maicon Ferreira dos Santos, em troca de drogas. Thiago Rodrigues de Souza teria participado diretamente da execução.

Após ser 'julgado' no barraco no Mário Covas, John foi levado para um local próximo a cidade de Terenos. No local, ele foi baleado com um tiro por Gabriel. Ao perceber que a vítima ainda estava com vida, Thiago disparou o segundo tiro. Eloinai foi o responsável por decapitar o homem.

Segundo os policiais que prestaram depoimento, todos os presos, exceto Eloinai, que está foragido, confessaram que eram membros do PCC. Um deles, inclusive, teria mostrado orgulho ao dizer que fazia parte da facção.

Três testemunhas de acusação não compareceram e deverão prestar depoimento no dia 31 de julho, às 15h30. Na ocasião, outras três testemunhas de defesa e os presos também prestarão depoimento.