02/07/2018 14:34
Advogado diz que rapaz matou musicista por ser 'doido'
Para polícia, acusado, que era namorado da vítima, cometeu crime por roubo
Advogado Conrado Passos, defensor de Luís Alberto Bastos Barbosa, 29, preso desde julho do ano passado, em Campo Grande, por matar a namorada, a musicista Mayara Amaral, 25, disse que vai defender a tese de que seu cliente cometera o crime por influência de problemas mentais.
Na tarde desta segunda-feira (2) ocorre a primeira audiência judicial do caso, na 2ª Vara do Fórum de Campo Grande. Oito testemunhas prestarão depoimentos, entre as quais a mãe da vítima, o irmão do acusado e os policiais que atenderam o caso. Luís Alberto matou Mayra com golpes de martelo, dentro de um motel. O casal enfrentava crime e a musicista desejava romper a relação.
Passos afirmou que Luís enfrenta há tempos problemas de “insanidade mental”. Ao pé da letra, o argumento do defensor tem esse significado: loucura, demência, doidice, insânia e também pode servir para indicar a condição de uma pessoa insensata ou insana.
Para a polícia, Luís matou a namoradora para roubá-la. Tanto que depois do crime, ele ficou com pertences de Mayara, como instrumentos musicais e o carro dela.
O advogado irritou-se com os jornalistas que insistiam na pergunta acerca da qualificação do crime. “Não foi crime de latrocínio [roubo seguido de morte] ou feminicídio. Foi homicídio simples. Ele nunca roubou ninguém”, repetiu o advogado. Passos disse ainda que antes do crime, já por sintomas de insanidade, o rapaz teria procurado ajuda médica.
Familiares da musicista acompanham a audiência e pedem pena máxima ao réu, que foi preso um dia depois do crime, em julho do ano passado.