Campo Grande

30/06/2018 07:00

Semáforos diminuem acidentes na Euler, mas pedestres continuam desrespeitando a faixa

Instalação dos equipamentos coibiu motoristas infratores, mas usuários ainda atravessam em lugares impróprios

30/06/2018 às 07:00 | Atualizado Bruna Vasconcelos
Veículos respeitam velocidade máxima da avenida - Wesley Ortiz

A esperança é a última que morre. É com base no ditado popular que os moradores do entorno da avenida Euler de Azevedo, em Campo Grande, acreditam em dias melhores com a instalação dos semáforos na via.   

Cerca de 5 aparelhos foram colocados estrategicamente ao longo da via a fim de coibir o excesso de velocidade e, consequentemente, diminuir os acidentes fatais na região. Com números alarmantes de mortes, a Euler de Azevedo virou uma roleta russa para pedestres e motoristas após as obras de pavimentação asfáltica.  

A chegada dos semáforos fez com que os motoristas imprudentes deixassem de utilizar a avenida como pista de corrida. Porém, se de um lado a velocidade máxima da via é respeitada pelos veículos, do outro, os pedestres continuam atravessando em lugares impróprios.

Elvidio Aranda, atendente em uma chiparia em frente à Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), acredita na melhora do tráfego no bairro José Abrão. O comerciante também afirma já ter visto uma melhora significativa nas últimas semanas. 

“Com a instalação das sinaleiras com certeza melhorou muito a região. Ficou boa a passagem para os pedestres e também para os motoristas que não descem mais a avenida a todo o vapor. A conversão feita para o bairro, alguns metros antes da Universidade, foi primordial para desafogar o tráfego na entrada da UEMS.”

Colocar o pé no freio e diminuir a velocidade não tem sido problemas para os condutores. A escassez de retornos gerou dificuldades e impaciência para os motoristas que fazem o trajeto bairro – avenida principal. 

Em frente ao Sindicato dos Policiais Civis de MS (Sinpol) a situação é crítica. Para dirigir até o centro, o motorista deve fazer o retorno metros à frente, próximo ao Detran, ou cortar o caminho pelas ruas estreitas do bairro.

“O local agora está bem sinalizado, o único problema são os poucos retornos, mas a instalação dos equipamentos foi primordial para diminuir os acidentes fatais,” ressalta o comerciante.

Pedestres

A falta de conscientização de alguns pedestres continua colocando em risco a vida de todos os usuários da avenida. Em poucos minutos no local, é possível ver diversas pessoas desrespeitando a faixa e atravessando em lugares inapropriados.

Nem mesmo a presença das sinaleiras e as inúmeras faixas de pedestres foram suficientes para educar os campo-grandenses no trânsito. O alto fluxo de estudantes e trabalhadores piora no horário de fim da tarde e, por este motivo, a atenção deve ser redobrada na via.

Legenda da Foto

“Eles (pedestres) não respeitam, atravessam em qualquer lugar até com o sinal verde. Às vezes precisamos diminuir a velocidade porque quando a gente vê, a pessoa já tá em cima do carro. O motorista deve andar nas regras de trânsito, mas o pedestre e o ciclista também”, concluiu um morador da rua Joaquim Lacerda.