Campo Grande

22/06/2018 15:10

Criança de três anos quebra perna em Ceinf e direção não aciona socorro

Segundo a mãe, ela foi informada que só foi chamada porque o filho estava chorando demais

22/06/2018 às 15:10 | Atualizado Kerolyn Araújo
Repórter Top

Uma menino de três anos quebrou a perna no final da manhã de ontem (21), no Ceinf (Centro de Educação Infantil) Ivone Calarge Zahran, no Jardim das Meninas, em Campo Grande. Além de não acionar o socorro, a direção da escola só chamou a mãe do aluno porque ele estava 'chorando demais'.

Segundo Ariedna Inácio, 26 anos, mãe da criança, ela recebeu uma ligação do Ceinf por volta das 11h10. ''Falaram que ele havia caído, se machucado e só estavam entrando em contato comigo porque ele estava chorando muito", explicou.

Quando chegou ao local, a mãe encontrou o filho dormindo e gemendo de dor. ''Contaram que ele estava na fila indo almoçar, quando tropeçou no próprio pé e caiu. O coleguinha que estava atrás teria caído por cima dele e causado o machucado. Meu filho é pequeno e não sabe explicar direito o que aconteceu".

Os pais levaram a criança para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e foi constatado que ele havia quebrado a perna.

Para Ariedna, houve negligência do Ceinf. ''Só me chamaram porque ele estava chorando muito. Não levaram ele para lugar nenhum. Eu fiquei muito chateada, estou com o coração partido. Não quero mais deixar ele lá, não sei o que mais pode acontecer", ressaltou.

O TopMídiaNews entrou em contato com a Semed (Secretaria Municipal de Educação) para saber qual é o procedimento adotado quando alguma criança se machuca nas dependências dos Ceinfs. Conforme a secretaria, a direção do Ceinf entrou em contato com a família do estudante logo após o fato e o caso foi registrado em ata. 

''A Semed ressalta que a direção da escola prestou todo o acompanhamento necessário à família. Quanto ao procedimento adotado em casos de crianças que se machucam, a Superintendência de Gestão e Normas da Semed informa que o SAMU é acionado apenas em casos graves. Do contrário, o procedimento é acionar a família, que deve acompanhar a  criança ao posto, junto a um profissional da unidade, uma vez que apenas a família conhece o histórico médico da criança que, pode, por exemplo, ser alérgica a algum medicamento'', disse a nota.

 

*Matéria editada às 15h19 para acréscimo de informações