04/06/2018 18:15
Vídeo: família denuncia descaso e prefeitura apura morte de idoso no UPA Leblon
Secretaria diz que havia cinco médicos e três enfermeiros de plantão
A família de Miguel Lisboa, 78 anos, denuncia descaso com o idoso que morreu na madrugada desse domingo (3), aguardando atendimento em frente a UPA Leblon, em Campo Grande. Ele passou mal e recebeu massagem cardíaca, mas não resistiu. A prefeitura informou que havia cinco médicos no plantão daquela madrugada e vai investigar se houve negligência.
Vídeo gravado por outros pacientes tem um minuto e meio de duração e mostra o idoso já caído em frente a unidade. Uma profissional que seria enfermeira faz massagem cardíaca, depois é ajudada por outra profissional.
Durante o tempo de um minuto e meio do vídeo, o paciente não demonstra qualquer tipo de reação perante a massagem. Só depois de cerca de 40 segudos, surgiu uma maca para acolher a vítima dentro da unidade.
Desespero
''Cadê o clínico? cadê o médico?, aposto que ele sumiu ou se escondeu. Isso é um absurdo!Pra quê que tem isso [unidade 24 horas] se não está atendendo, dizia uma das testemunhas.
Ao fundo, algumas pessoas, possivelmente familiares, gritavam e choravam ao ver o ente no chão. É possível ouvir uma mulher dizendo ''chama a polícia''.
Óbito
Conforme divulgado pela prefeitura, Lisboa chegou a unidade por volta de 4h48 do domingo e às 4h53 passou pela triagem, onde reclamava de forte dor de estômago. Minutos depois, diz o comunicado, o paciente sofreu uma parada cardiorrespiratória.
Apuração
A Secretaria Municipal de Saúde informou que na escala de funcionários naquele plantão havia cinco médicos e três enfermeiros. Esse montante de profissionais é alto se comparado com as escalas divulgadas pela secretaria.
''A Sesau lamenta o ocorrido e se solidariza com os familiares do sr. Miguel Lisboa pela perda e reforça que todas as medidas serão tomadas para apurar as responsabilidades e se houve negligência no atendimento a este paciente, uma vez que o quadro de profissionais da unidade estava completo com cinco médicos e três enfermeiros (no período) escalados''.