25/05/2018 14:29
Mesmo com decisão da Justiça, caminhoneiros mantém bloqueio em MS
PRF ainda não foi notificada da ordem, mas protestantes negam possibilidade de acordo com o Governo Federal
Caminhoneiros que estão concentrados na BR-163, próximo ao Posto Caravagio, em Campo Grande, declaram manter a paralisação, independentemente da ordem judicial que determinou o fim do protesto. Nesta sexta-feira (25), o bloqueio continua parcial nas rodovias de Mato Grosso do Sul.
Conforme um dos manifestantes, que preferiu não se identificar, a categoria está bastante unida e não vai aceitar qualquer acordo até então proposto pelo Governo Federal. “Nós somos maioria, essa queda de 10% no combustível é troco, não dá pra comprar nem uma bala. Fica de brinde pra ‘eles’”, declarou.
Até então, o trânsito segue lento, mas só caminhões com carga pesada são impedidos de seguir viagem. Veículos de passeio, ambulâncias e caminhões com carga viva podem transitar normalmente.
O local de concentração do protesto se transformou na ‘casa temporária’ dos manifestantes, que têm recebido apoio da maior parte da população. “Estamos felizes, há muitas doações, Uber e táxi estão aderindo, as pessoas compreendem”, declara um dos caminhoneiros.
Durante pronunciamento, o presidente da República, Michel Temer (PSDB) acionou as forças federais para que fizessem o desbloqueio de estradas e rodovias fechadas por uma parcela de caminhoneiros em todo o país.
PRF
Inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Tércio Baggio afirma que não foi oficializada a eles nenhuma ordem para impedir o movimento. ‘Sabemos da manifestação do presidente Temer em finalizar o protesto, mas não receberam mandado oficial para retirar as pessoas. No Estado as rodovias estão liberadas e a PRF continua verificando a segurança dos manifestantes e evitando possíveis atritos”, declara.
O policial informa que não existem rodovias com bloqueio total em MS, e até o momento não foi necessária nenhuma intervenção ostensiva. “Acredito que a manifestação do Temer tenha sido para estados onde a situação esta mais radicalizada”, finaliza.