10/05/2018 17:13
Mãe de menina de 11 anos estuprada é suspeita de mandar degolar homem em MS
Foram presos sete suspeitos por esta morte e outros casos de tortura em ‘justiça com as próprias mãos’
A mãe de uma menina de 11 anos é investigada como suspeita de ser a mandante de um assassinato ocorrido em fevereiro de 2018, em Três Lagoas, para se vingar de um suposto estupro sofrido pela criança. A encomenda da morte de Alisson de Souza Santos, 24 anos, teria sido feita a integrantes de uma facção, presos nesta quinta-feira (10), na operação ‘Hidras de Lorna’ da Polícia Civil.
O corpo de Alisson foi encontrado em março, degolado, às margens da BR-158, saída para Brasilândia. Ele teria mantido relações sexuais com a menina, fato descoberto pela família, que teria buscado fazer ‘justiça com as próprias mãos’.
A investigação aponta que ele foi sequestrado em sua residência, na presença da esposa, e depois morto. Antes, foi submetido a um ‘tribunal do crime’, onde teria sido torturado, assim como outras vítimas do grupo, que não chegaram a morrer.
Operação
A operação foi deflagrada na manhã de hoje (10) por policiais civis de Três Lagoas, Brasilândia, Selvíria, Garras de Campo Grande, com apoio de Policiais Militares, que também fizeram revista no presídio de segurança média local, bem como de Policiais Civis do Garras e do Grupamento Aéreo da Sejusp. Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e 18 mandados de prisão preventiva.
Na cidade de Dourados, com apoio de Policiais Civis, bem como de Campo Grande, através do Garras, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e busca e apreensão nas celas de presos envolvidos no crime. Três detentos envolvidos nesta investigação, e que se encontravam recolhidos no presídio local, foram transferidos para a Capital.
A operação foi denominada “Hidra de Lerna”, em referência a lenda de um monstro da mitologia grega que tinha o corpo de dragão e várias cabeças de serpente, o qual habitava um lago denominado Lerna.
Os demais presos foram recambiados para os respectivos presídios de Três Lagoas e responderão por homicídio doloso qualificado; organização criminosa, além de tortura.
Denúncias podem ser realizadas através dos telefones (67) 3929-1173 ou 3521-4984.