02/05/2018 17:00
Reviva Centro será retomado e 14 de Julho deve virar shopping a céu aberto
Obra deve durar dois anos e tem previsão para ser retomada ainda neste semestre na Capital
A prefeitura deve iniciar, ainda neste semestre, as obras do Reviva Centro com prazo de dois anos para conclusão. O projeto já foi licitado e não deve sofrer alterações conforme a administração municipal. As obras têm como objetivo fazer a revitalização da Rua 14 de Julho, no trecho entre as avenidas Fernando Corrêa da Costa e Mato Grosso.
O município espera transformar o local em um verdadeiro Shopping a céu aberto. O investimento será de R$ 54, 8 milhões, cerca de US$ 17 milhões, parcela do empréstimo de US$ 56 milhões contratados junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para viabilizar o Reviva Centro.
Segundo a prefeitura, a rua mais tradicional da cidade terá um trecho de três quadras (da Afonso Pena a Cândido Mariano) com características de calçadão; áreas de convivência implantadas em baias; arborização; bicicletários e conexão Wi-Fi com internet.
Mudanças
Entre as principais mudanças no local estará a calçada, que será ampliada em alguns pontos e passará a ter 6,5 metros de largura; atualmente o local conta com 3 metros. Com o estacionamento proibido neste trecho.
Ao invés de três, serão duas faixas de rolamento para o tráfego de veículo e o asfalto tradicional com CBUQ, será substituído por piso intertravados, sendo o mesmo a ser usado nas calçadas.
Com o meio-fio rebaixado, a pista será praticamente no mesmo nível da calçada. No meio das quadras, haverá travessias elevadas para dar maior segurança aos pedestres.
Estilo de vida
Com os bicicletários, a intenção do município é oferecer um estacionamento mais seguro para os ciclistas para que possam circular pela ciclovia da Afonso Pena ou da Orla Morena ou ainda para que possam deixar suas bicicletas antes de passear ou fazer compras no centro.
Nos outros dois trechos da 14 de Julho onde haverá intervenções (entre as avenidas Fernando Correa da Costa e Avenida Afonso Pena; da Cândido Mariano até a Avenida Mato Grosso), o recapeamento será feito com pavimento tradicional (a base de CBUQ).
Será mantido o estacionamento nas laterais, dentro de baias, mas as calçadas ganharão mais espaço porque só haverá duas pistas para o tráfego de veículo.
A obra
Ao longo do trecho de 1,4 quilômetro onde haverá intervenções, entre as avenidas Fernando Correa da Costa e Mato Grosso, será refeita a rede de drenagem (ao custo de R$ 4,6 milhões); recapeamento do pavimento (R$ 2,3milhões); redes de água (R$ 895 mil) e esgoto (R$ 1,5 milhão); novas calçadas, com padronização, acessibilidade (R$ 2,4 milhões); sinalização (R$ 1,8 milhão); paisagismo (R$ 1,4 milhão); iluminação pública (R$ 2,4 milhões); mobiliário urbano (R$ 1,7 milhão), incluindo bicicletários, bancos, lixeiras, defensas,vasos e murais.
Metade dos investimentos, R$ 27,7 milhões, segundo o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, vão ser aplicados para substituir as redes “aéreas” de energia elétrica e telefônica, por rede subterrâneas, eliminando a poluição visual da fiação. A drenagem, com o escoamento de águas pluviais através de canaletas junto ao meio fio, vai eliminar os pontos de empoçamento de enxurrada.
Intervenção
As intervenções mais radicais, conforme o detalhamento do projeto executivo, serão no trecho entre a Avenida Afonso Pena e Rua Cândido Mariano, exatamente porque concentra o maior fluxo de pedestres, atraídos pelos estabelecimentos comerciais localizado na região.
O andamento das obras será quadra a quadra, com interdições pontuais do trânsito, mas as calçadas continuarão liberadas aos pedestres, o que vai garantir o fluxo de vendas no comércio. Só se avança para a quadra a frente, depois de concluída a anterior. A Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) vai sinalizar e definir rotas alternativas. Já está em estudo o novo itinerário dos ônibus que hoje atravessam a 14 de Julho.
Também será revitalizado com recapeamento, arborização, readequação da drenagem e calçadas, o quadrilátero formado pelas avenidas Fernando Correa da Costa, Mato Grosso, ruas Pedro Celestino, Rui Barbosa, 13 de Maio, Calógeras, além das transversais, 26 de Agosto, 7 de Setembro, 15 de Novembro, Barão do Rio Branco, Dom Aquino, Cândido Mariano, Maracaju e Antonio Maria Coelho.
O investimento na Avenida Calógeras e na Rui Barbosa terá recursos do Projeto de Mobilidade Urbana, por serem vias onde haverá corredores de transporte público.