Cidades

09/04/2018 09:19

Fetems recusou proposta que beneficiaria administrativos com 10% de ganho, diz secretário

Administrativos da educação começam greve nesta terça-feira (10)

09/04/2018 às 09:19 | Atualizado Diana Christie
Categoria esteve na Assembleia reivindicando reajuste melhor - Wesley Ortiz

A Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) rejeitou proposta feita pela SAD (Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização) e anunciou greve dos administrativos da educação, a partir desta terça-feira (10). Foi oferecido 3,04% de reajuste e a incorporação, a partir de 2019, dos R$ 200 de abono a todo o funcionalismo, mais R$ 100 em auxílio alimentação.

Segundo o Governo, a proposta representa 10% de ganho. “Fizemos essa proposta e, junto com a PGE (Procuradoria-Geral do Estado) mostramos para a Fetems que legalmente não há a possibilidade de incorporar os R$ 200 de abono neste ano. Estranhamos essa decisão pela greve, pois o governo sempre esteve e continua aberto à negociação”, afirmou o secretário adjunto de Administração, Édio Viegas, ao se referir a insistência da Federação em incorporar o abono já neste ano.

Essa proposta foi apresentada pela SAD à Fetems e ao Sindicato dos Funcionários Administrativos da Educação em Mato Grosso do Sul, antes dos servidores administrativos da educação decidirem pela paralisação na semana passada. De acordo com o secretário, o governo “atendeu a todas as reivindicações feitas pelos servidores da educação, inclusive a realização de concurso público para professor e administrativo da educação, já autorizado pelo governador Reinaldo Azambuja”.

Édio Vegas ainda argumentou que nenhum administrativo da educação necessita de complementação salarial para alcançar o salário mínimo nacional. Conforme ele, mesmo na tabela de salários do grupo constar para administrativo da educação em início de carreira remuneração inferior ao mínimo, nenhum servidor recebe menos que o piso nacional. “Não temos nenhum servidor em início de carreira”, disse.

O secretário afirma que a paralisação é inócua e só traz prejuízos à população e reforça que o governo, em nenhum momento, encerrou as negociações com os servidores. De acordo com ele, caso a Fetems reveja sua posição, o governo mantém a proposta apresentada antes da decisão pela greve.