Política

há 6 anos

Servidores pressionam e governo de MS adia votação do reajuste salarial

Gestão de Reinaldo Azambuja propôs 3,04% de aumento; categoria quer debater antes o assunto

03/04/2018 às 10:29 | Atualizado Celso Bejarano e Airton Rahes
Airton Raes

O governo de Mato Grosso do Sul, pressionado por servidores estaduais, retirou da pauta da sessão desta manhã, da Assembleia Legislativa, o projeto, já aprovado em primeira votação, que prevê aumento de 3,04% ao funcionalismo do Estado.

Ao menos 200 trabalhadores participam de um movimento contrário à aprovação do reajuste.

O plano do governo é aumentar a remuneração em 3,04% e manter o abono mensal aos trabalhadores, quantia que varia de R$ 150 a R$ 250.
Pelo definido nesta manhã, o assunto será discutido entre representantes do governo e a categoria numa audiência pública marcada para o período da tarde.

Fabiano Reis, que coordena o Fórum Estadual dos Servidores, disse que o estudo do aumento não foi debatido com os servidores e que a proposta seguiu direto para a Assembleia.

Semana passada, em primeira votação, os deputados estaduais aprovaram a ideia. Resta agora outra votação, que estava prevista para esta terça-feira (3). Se passar pelo crivo dos parlamentares, o projeto do reajuste vai para as mãos do governador, que assina a papelada e o aumento é aplicado.

Contudo, os trabalhadores convenceram os deputados a adiar a votação. O ato é fortalecido pelo Fórum e Fetems (Federação dos Trabalhadores na Educação de MS), que encheu de cartazes na frente do prédio da Assembleia. Servidores do setor administrativo da Uems (Universidade Estadual de MS) levaram um caixão para o ato, gesto para justificar o descontentamento com o reajuste proposto.

Já para os servidores do Judiciário sul-mato-grossense, o projeto estadual também que também foi aprovado em primeira votação, prevê reajuste de 7,54%.

Os percentuais aplicados nos dois reajustes aprovados foram definidos por meio da variação da inflação, reconhecida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)

De acordo com o governo estadual, o abono aos servidores estaduais gerou um custo anual de R$ 200 milhões. Entre ativos e inativos, o funcionalismo estadual conta com cerca de 68 mil trabalhadores.