Política

03/04/2018 13:02

Administrativos exigem incorporação de abono e ameaçam greve a partir de amanhã em MS

Os trabalhadores aguardam proposta do governador e exigem a incorporação de R$ 200 no piso salarial

03/04/2018 às 13:02 | Atualizado Dany Nascimento
Fetems

O presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira, afirmou ao TopMídiaNews que um total de 1 mil trabalhadores da educação do Estado se reúnem às 13 horas, na ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) para analisar uma proposta que deve ser encaminhada pelo governo do Estado, durante realização da audiência pública ‘Por uma Carreira que Valorize os/as Administrativos da Escola Pública’.

De acordo com Teixeira, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou que pretende atender o pedido da categoria, que solicita que o abono de R$ 200 seja incorporado no salário dos trabalhadores administrativos e passe a integrar o piso salarial. “Nossa preocupação não é com o percentual de 3,04% e sim o abono de R$ 200, queremos a incorporação do valor. O governador deu a palavra dele que enviaria uma proposta atendendo à solicitação, vamos aguardar na audiência”.

Conforme o presidente, a audiência era prevista para ocorrer às 14 horas, mas foi antecipada após o governador sinalizar que pretende atender à solicitação. Sobre a possibilidade do tucano não enviar uma nova proposta, baseada no que foi solicitado pelos trabalhadores, Teixeira garante que os administrativos podem iniciar greve a partir de amanhã (4).

“Pode ser que os administrativos entrem em greve se não tiver uma resposta. Tudo vai depender do que for definido hoje em assembleia. Vamos participar da audiência e nos reunimos em seguida para ver o que vamos fazer. Pretendemos fazer um ato depois da audiência na frente da governadoria. O que vai acontecer vai depender da audiência”, explica Jaime.

Audiência ‘Por uma Carreira que Valorize os/as Administrativos da Escola Pública

Os administrativos da educação no Estado recebem um salário de R$ 828,93 mais um abono de R$ 200. Sem esse abono, que serve de complemento salarial, o piso dos servidores não alcança o salário mínimo, atualizado em R$ 954.

A audiência é realizada pela Fetems em parceira com o deputado Amarildo Cruz (PT), que destaca que a reivindicação dos servidores é legítima e acredita  que a condição afrontar a legislação.

"Essa é uma bandeira de luta histórica dos administrativos, que têm total apoio dos professores e demais servidores da educação, pois boa parte da categoria não recebe nem mesmo o salário mínimo, garantido pela Constituição Federal. O abono pago não faz parte do piso salarial, o que causa insegurança financeira a centena de trabalhadores", disse o deputado.