27/03/2018 16:46
Justiça inocenta mais três vereadores da operação Coffee Break
Segundo TJMS, MPE não apresentou provas suficientes para a denúncia
A Justiça de Mato Grosso do Sul deu provimento ao agravo de instrumento e inocentou o vereador Carlos Augusto Borges na ação da Operação Coffee Break, promovida pelo Ministério Público Estadual em 2015. Além dele, também tiveram o mesmo recurso aceito o presidente da Casa de Leis vereador João Rocha e o vereador Gilmar Nery da Cruz (PRB).
Segundo as informações do advogado Fabio Leandro de Castro, que defende Carlão Borges (PSB), “o Ministério Público Estadual sequer apresentou provas suficientes com evidências mínimas para o vereador ser processado”.
Carlão foi acusado pelo MPE de participar de uma suposta trama para cassar o mandato do prefeito Alcides Bernal em 2014. A operação comandada pelo promotor de justiça Marcos Alex Vera foi um escândalo de proporções nacionais. Na época, ele era chefe do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado).
Castro disse que o cliente está aliviado em provar sua inocência. “Ele estava confiante porque realmente nunca existiu qualquer ato que justificasse a ação de improbidade”, afirmou.
Na mesma ação, o ex-governador André Puccinelli (MDB) também foi inocentado e a Justiça rejeitou a denúncia contra ele, o mesmo aconteceu com o deputado estadual Paulo Siufi (MDB). Há ainda outros agravos e situações a serem julgadas na operação Coffee Break, uma vez que os recursos estão sendo julgados separadamente.
A ação possui mais de oito mil páginas e segundo o Tribunal de Justiça não há elementos comprobatórios para acusar os envolvidos como participantes de um esquema para cassar o mandato do ex-prefeito. A acusação é que eles teriam se unido para “derrubar” Bernal e a suposta moeda de troca seria cargos e secretarias na Prefeitura Municipal, além de valores em dinheiro que nunca foram comprovados.
Em entrevistas dadas na época, o próprio Marcos Alex Vera chegou a afirmar que não teria “encontrado” o homem da mala, ou seja, quem teria distribuído o dinheiro. Além dos vereadores também foram acusados outros parlamentares, ex-secretários e até mesmo o ex-prefeito Nelson Trad Filho.