14/03/2018 16:51
Em estado gravíssimo e com suspeita de H1N1, mulher aguarda há dias por vaga em hospitais
Mesmo com pedido judicial, ela permanece em área vermelha de CRS sem sequer realizar exames
Há três dias, Ivete dos Santos Lescano, 58 anos, tem sofrido pioras em seu quadro de saúde ao esperar por atendimento médico adequado em Campo Grande. Sob suspeita de H1N1 e com pneumonia, ela está desde a segunda-feira (12) na ala emergencial do CRS (Centro Regional de Saúde) Coophavila II e, ainda que com pedido de transferência expedido pela Justiça, não há vagas disponíveis.
Seu estado é considerado de alta gravidade e, segundo médicos, um de seus rins já parou de funcionar. “Ontem ela foi entubada, estamos tentando vaga no hospital, mas ela precisa de ventilador mecânico e pra isso não tem vaga em nenhum. As enfermeiras disseram que é a primeira vez que um paciente fica tanto tempo na emergência”, relata sua filha, Jéssica dos Santos Medina, 24 anos.
A família buscou pela Defensoria Pública do Estado para transferi-la a um hospital, onde fossem realizados exames de maior complexidade, além do acesso a melhor assistência hospitalar para seu estado grave. A tentativa de regulação para o encaminhamento, contudo, foi frustrada pela falta de leitos na rede pública.
Sem vagas
Tanto Hospital Regional, quanto a Santa Casa de Campo Grande, não têm espaço para recebe-la. “Estou desesperada, sem rumo, sem chão. Falaram pra gente encontrar uma vaga por particular, no CRS ela só fez exames de sangue, mas não tem como, ela precisa urgentemente de atendimento”, lastima a filha.
Em resposta à solicitação da reportagem por informações, a assessoria de imprensa da Santa Casa confirma que recebeu a solicitação, porém, não tem condições de acolher a paciente por estar com todos os leitos de UTI ocupados. Pela falta de vagas, na área vermelha do pronto-socorro do hospital há se is pacientes em ventilação mecânica e um em ventilação manual.
Já o Hospital Regional não respondeu aos questionamentos até a publicação da matéria.