Polícia

12/03/2018 09:10

Pivô da Máfia do Câncer, Dorsa já chegou à sauna gay com dores de cabeça e morreu após atendimento

Ele chegou a ser socorrido por um garoto de programa, mas após convulsões acabou morrendo no local

12/03/2018 às 09:10 | Atualizado Anna Gomes e Liziane Berrocal
Reprodução/Facebook

O médico José Carlos Dorsa Vieira Pontes, que morreu em uma sauna gay na noite deste domingo (11), já teria chegado ao estabelecimento reclamando de dores de cabeça. Ele chegou a ser socorrido por um garoto de programa, mas não resistiu e foi a óbito no próprio local.

Segundo informações policiais, José teria discutido com seu companheiro e foi ao local na tarde de ontem, quando já se queixava de dores de cabeça. O médico, que estava no segundo andar da casa de massagem, teria começado a passar mal.

Conforme testemunhas, a vítima seria usuária de drogas e teria começado a convulsionar. O garoto de programa tentou ajudar o médico, mas desapareceu antes da chegada da polícia.

O médico também estava com algumas lesões que, segundo os policiais, seriam decorrentes da convulsão, já que ele acabou se debatendo muito no chão.

Máfia do câncer

Dorsa foi um dos envolvidos no escândalo da Máfia do Câncer, divulgado amplamente em rede nacional há aproximadamente seis anos.

Na época da Máfia do Câncer, Dorsa era o diretor-geral do HU (Hospital Universitário) de Campo Grande. Em 2012, ele tentava ganhar uma licitação no Hospital Regional com a empresa Cardiocec, que prestava serviços na área de cardiologia.

Uma das ligações telefônicas interceptadas pela polícia mostrou que Ronaldo contou a Dorsa sobre o resultado do pregão eletrônico. Em seguida, o ex-diretor explica que conversou com um funcionário responsável pelo pregão, e que o processo seria reaberto. Queiroz chegou a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, da Assembleia Legislativa.

No HU, dois inquéritos da operação apuram irregularidades no setor de cardiologia, que era especialidade médica do então diretor José Carlos Dorsa, e o outro, em contratos para a compra de equipamentos e prestação de serviços nas áreas de nutrição e construção civil. Foram 17 pessoas indiciadas. Dorsa, três dos assessores dele, três servidores do HU e 10 empresários e representantes de empresas