Com o crescimento da bancada evangélica em Mato Grosso do Sul, também aumenta a preocupação das lideranças para criar estratégias para lançar o maior número de candidatos com chances de serem eleitos e ao mesmo tempo evitar que ocorra uma saturação de candidaturas, dispersando os votos.

O deputado estadual Herculano Borges (SD) explicou que cada igreja e congregação lançam seus candidatos, mas com o passar do tempo começaram a ter consciência de que lançar muitos candidatos por uma mesma igreja. “Antes chegavam a sair até cinco candidatos d euma mesma congregação. Agora há um entendimento de lançar poucos candidatos. A Assembleia de Deus lança um candidato, a Sara Nossa terra lança outro e assim por diante”, disse.

Herculano lembrou que a eleição de representantes da comunidade evangélica é um dos temas tratados no Conselho Estadual de Pastores para fortalecer a bancada evangélica. “Precisamos de parlamentares que defendam as nossas crenças e bandeiras. Se lançamos muitos candidatos, corremos risco de dividir os votos e eleger pessoas que tem o pensamento contrário ao pensamento cristão”, afirmou.

O deputado estadual Lídio Lopes disse que as candidaturas acabam ocorrendo de forma independente e cada igreja tem as suas lideranças, sendo difícil coordenar com a comunidade evangélica uma estratégia para determinar um número de nomes para disputarem as eleições. “Os evangélicos representam 35% da população em Mato Grosso do Sul. Cabe a cada um traçar a sua campanha. Quando eu sai candidato na última eleição, haviam seis candidatos ligados a minha igreja e eu fui eleito”, completou.

O deputado estadual Rinaldo Modesto lembrou que os partidos têm procurado nomes dentro da comunidade evangélica para fortalecer as candidaturas. Também considerou natural o grande número de nomes por representar um terço da população. “Os evangélicos tem uma vice-governadora que os representa. Agora uma vice-prefeita. Temos deputados federais, estaduais e vereadores”, lembrou.