17/02/2018 18:10
Moradores dizem que Rancho Alegre deveria se chamar 'Rancho da Insegurança'
A região é alvo de assaltos tanto à luz do dia, quanto na calada da noite
A insegurança das ruas do bairro Rancho Alegre é uma das maiores preocupações da população, que sonha com dias tranquilos. Muitos assaltos já foram registrados na região e o perigo assombra 24 horas por dia, já que roubos são registrados tanto na calada da noite quanto de dia.
Há 17 anos no local, Libânia Paulo França, 58 anos, diz que já foi vítima de assalto e, como o celular que carregava era antigo, teve o aparelho quebrado. “Eles pediram celular, eu dei e daí eles viram que era velho e ficaram bravos, quebraram ele no chão. Daí eu fiquei sem celular, agora, depois de três anos que eu consegui comprar outro. Eles queriam dinheiro, mas eu não tinha dinheiro, daí levaram a minha bicicleta, que eu usava para trabalhar. Fiquei sem, depois eu ganhei outra e vou trabalhar com medo”.
Libânia ressalta que nenhum morador tem paz. “Aqui todo mundo vive com medo, outro dia chegaram dois homens em uma moto, foi no portão para assaltar minha vizinha e ela começou a gritar. Daí que eles correram e não tentaram fazer nada. Mas é assim, de dia, de noite, a qualquer hora do dia tem bandido procurando vítimas aqui. Só a minha casa e de uma outra vizinha não foram alvos deles ainda. A outra vizinha teve a bicicleta roubada”.
Carlos Alberto Guilherme Soares, 46 anos, também já esteve na mira de ladrões e relembra que foi, inclusive, perseguido por bandidos que tinham o objetivo de levar a caminhonete dele. “Já tentaram me assaltar duas vezes. Em uma delas, eu estava andando, era 11 horas da manhã, quando uma moto veio perto e uma mulher na garupa gritou mandando eu encostar o carro. Eu fingi que ia obedecer, mas saí vazado deles, que me perseguiram ainda por 2 quilômetros”.
Ele relembra ainda que, no segundo assalto, o suspeito teria oferecido uma roçadeira. “O cara falou que era para eu descer que ele tinha uma
O morador garante que, em três anos, viu polícia apenas uma vez no bairro. “Eu vi polícia há três anos, quando teve uma briga de um vizinho e chamaram a polícia. Só assim mesmo para ver, porque aqui não tem. As ruas estão livres, já montamos até um grupo para um vizinho avisar o outro sobre gente estranha pelas ruas, tentamos nos proteger”.
Joel da Silva, 54 anos, que mora na região há três anos, diz que vive em alerta por medo de ser alvo. “Aqui é muito perigoso, não tem polícia fazendo rondas, daí a bandidagem faz o que quer. Muitos vizinhos têm a casa invadida porque saem para trabalhar e, quando voltam, são surpreendidos”.
O TopMídiaNews entrou em contato com o governo do Estado, responsável pela Polícia Militar em Mato Grosso do Sul, mas até o fechamento desta matéria, nenhuma resposta foi encaminhada.