03/02/2018 12:00
Com profissionais da imprensa e artistas, bloco ‘As Depravadas’ pula seu 28º Carnaval
Grupo já chegou a reunir mais de 300 pessoas no tradicional Bar do Zé, no Centro de Campo Grande
Homens vestidos de mulher e, em menor adesão, mulheres vestidas de homem. É assim que os jornalistas, assessores de imprensa, fotógrafos, artistas e amigos de todo esse pessoal, do bloco ‘As Depravadas’, comemoram o Carnaval há 28 anos, com música, cerveja e alegria.
Em 2018, o ponto de encontro continua sendo o Bar do Zé, tradicional parada da boemia campo-grandense, onde o grupo se reúne na manhã do sábado que antecede o final de semana carnavalesco, desde 1992. O bloco, contudo, surgiu em 1990, mas era realizado em outro bar, também no Centro.
Quem conta parte da longa história dessas quase três décadas é a jornalista Cidinha Ribeiro. “A nossa ideia era poder reunir o pessoal durante essas festas, já que sempre estamos trabalhando, temos que cobrir a diversão de quem está de folga. É um momento que a gente vê mais união da classe também. Nos anos 90 era uma loucura, juntava mais de 300 pessoas”, relembra.
O fotojornalista Roberto Higa, também um dos fundadores do bloco, que chegou a se chamar 'Filhos da Pauta', diz que o momento também é especial para que a nova e a antiga geração de comunicadores se encontre e troque histórias, conhecimento e boas risadas. “Campo Grande não tem rio, não tem praia, o que a gente tem que aproveitar é isso, o espaço público, as ruas, inventar uma programação, fazer cultura, juntar amigos”, considera, em sua habitual peruca, vestido e maquiagem cheia de brilho que usa no dia de bloco.
Higa ainda celebra, emocionado, o fato de ser homenageado pela Escola de Samba Deixa Falar. “Puxa vida, eu já recebi homenagem de todo tipo, até de Ministério, mas desse jeito, com música e tudo pra mim, é legal demais, diferente. Nunca esperei por isso, você precisa ver, está muito bonito”, conta.
Cidinha ainda relembra de bons momentos na década de 90, quando os mesmos jornalistas realizavam a ‘Noite do Pinguim’, um tipo de Oscar satirizado que premiava o melhor profissional da imprensa. “O traje era cafona, a gente se reunia em clubes, como o Sírio Libanês, anualmente. Era mais uma curtição que a gente fazia, que foi se perdendo com o tempo. Mas no bloco, somos poucos mas seguimos firmes na tradição”, finaliza.
Noite do Pinguim, em meados dos anos 90. (Foto: Arquivo pessoal)
O grupo permanece durante a tarde no mesmo local, que fica na Rua Barão do Rio Branco, nº 1,213, Centro.