Política

01/02/2018 19:00

Presidente da Câmara mantém cautela e evita comentar decisão sobre Lucas de Lima

Parlamentar pode perder o mandato por supostamente omitir condenação à Justiça Eleitoral

01/02/2018 às 19:00 | Atualizado Diana Christie e Rodson Willyams
Reprodução/Facebook

Evitando eventuais desgastes desnecessários, o presidente da Câmara Municipal, vereador João Rocha (PSDB), preferiu evitar comentários enfáticos sobre uma possível cassação de Lucas de Lima (SD), condenado por apropriação indébita. Ele destaca que espera orientação da Procuradoria Jurídica sobre o trâmite do processo.

Participando da divulgação do calendário esportivo de Campo Grande, nesta quinta-feira (1º), João Rocha explicou que o vereador deve apresentar sua defesa agora e, depois disso, a presidência vai enviar um parecer à Procuradoria, que vai submeter o documento à votação pelo plenário.

Lucas deve ser intimado ainda nesta semana e terá o prazo de 15 dias corridos para manifestar a defesa na Procuradoria. "Após a apresentação de sua defesa, nós temos cinco dias para analisá-la. E depois disto, cabe ao presidente incluir em pauta que creio que o fará com agilidade", explica o procurador Gustavo Lazzari.

A medida atende pedido de afastamento realizado pelo suplente da coligação, Eduardo Cury. Ele tem como base denúncia de que Lucas de Lima omitiu da Justiça Eleitoral uma condenação em colegiado (segunda instância), o que o tornaria inelegível naquela ocasião.

O parlamentar foi condenado nas duas instâncias da Justiça Federal por apropriação indébita. Ele deveria cumprir pena de 1 ano e quatro meses de prisão, que foram convertidas em serviços à comunidade. Lima era sócio e fiel depositário da pizzaria Tribo da Pizza, em Campo Grande, junto à Justiça do Trabalho.

No entanto, a empresa teve problemas financeiros e fechou, mas Lucas vendeu o patrimônio que deveria preservar. O parlamentar recorreu ao STJ, que manteve condenação do mesmo. A defesa do locutor prometeu recorrer ao STF (Superior Tribunal Federal).