Saúde

03/02/2018 13:30

Febre amarela: busca por vacina é mais intensa em clínicas que em postos de saúde na Capital

Em uma delas, 80% dos questionamentos são sobre imunização contra a doença

03/02/2018 às 13:30 | Atualizado Thiago de Souza
Procura por vacina é tranquila na rede municipal - Sesau

A busca por vacinação contra a febre amarela tem duas realidades em Campo Grande: nos postos de saúde é de moderada a fraca. Já nas clínicas particulares, as consultas são freqüentes e, em uma delas,  80% dos questionamentos são sobre a imunização contra a doença.

Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), a movimentação nos postos da cidade é pouco diferente de quando não havia surto e mortandade em estados vizinhos como São Paulo e Minas Gerais.

''Foi tranquila, diminuiu em relação ao início do mês''. A secretaria relatou  que vai fechar o balanço da vacinação dos últimos meses dentro de alguns dias, por isso não dispõe dos dados.

A Sesau destacou que "em Campo Grande não há a circulação do vírus da febre amarela e portanto, não estamos em situação de surto ou epidemia, como tem acontecido em outros locais. A cobertura vacinal [ da Capital] é satisfatória nos últimos anos, chegando a 92% da cobertura em menores de 1 ano, enquanto que o Ministério da Saúde recomenda que 90% desta faixa etária seja imunizada".

Não há estoque de vacina na rede particular. (Foto: Exame)

Rede privada

Três grandes clínicas de vacinação em Campo Grande foram procuradas pelo TopMidiaNews e relataram grande procura pela dose. O que elas têm em comum é o fato de estarem com o estoque zerado.

Uma das empresas, que fica no bairro São Francisco, disse que de 100 telefonemas que recebe, 80 são perguntas sobre vacina contra a febre amarela. Com estoque zerado, pacientes são orientados a retornar dentro de 30 dias.

Em outra clínica, no Chácara Cachoeira, houve redução da procura na última semana, mas o público ainda busca informações. A principal dúvida é sobre se quem já tomou uma vez precisa tomar outra dose.

Conforme a direção da clínica, é comum a procura aumentar nos meses de dezembro e janeiro, por conta das férias e viagens para regiões endêmicas. A chegada de novas doses está prevista para 30 dias.

Em outra clínica de imunização, que fica no centro da cidade, o estoque também está zerado. Nesta, não há previsão de chegada das doses.   

Doses

Segundo a prefeitura, ''a dose da vacina é única desde 2017 e não mais há necessidade de reforço a cada dez anos como era no passado. A vacinação é recomendada para quem nunca tomou a vacina na vida e que está em área de risco ou que vai se deslocar para uma dessas áreas, com idade entre 9 meses e 59 anos. A vacinação para gestantes, lactantes e  pessoas com mais 60 anos  somente é administrada com prescrição médica. Não devem tomar a vacina pessoas alérgicas a ovo, imunodeprimidos, pacientes oncológicos e recém transplantados''.

''A pessoa deve verificar na Carteira de Vacinação se já tomou a dose da vacina em algum período da vida. Se no documento constar o registro, ela já está imunizada para resto da vida. Se ela perdeu a Carteira ou não sabem se já foi imunizada, pode procurar a unidade básica de saúde mais próxima da residência que será consultado no sistema se ela já foi vacinada. Caso não haja registro no sistema e na carteira, ela receberá uma dose e que valerá ao longo da vida''.