Política

22/01/2018 09:55

'Não chegou nada até o momento', diz presidente da Câmara sobre caso envolvendo Lucas

João Rocha disse que até o momento não pode se manifestar sobre a decisão

22/01/2018 às 09:55 | Atualizado Rodson Willyams
André de Abreu / Arquivo

O presidente da Câmara Municipal, João Rocha (PSDB), afirmou que, até o momento, não chegou nada na Casa de Leis sobre a decisão da  juíza May Melke Amaral. A magistrada determinou a suspensão do pagamento de salários do vereador Luiz Carlos Correia de Lima, o Lucas de Lima (SD). Ela ainda deixou nas mãos da Câmara Municipal o possível afastamento do parlamentar.

"Não chegou nada até o momento", disse o Rocha, que explicou não poder comentar o caso enquanto não tomar conhecimento sobre o caso. A juiza determinou que o presidente da Casa de Leis informe em juízo quais serão as providências tomadas quanto ao procedimento de extinção do mandato do vereador Lucas de Lima, sob pena de incorrer em ato de improbidade. 

O TopMídiaNews entrou em contato com o ex-vereador e atual suplente de Lucas, Eduardo Cury (SD), a qual disse ter tomando conhecimento sobre o caso nesta manhã.

"Quando questionei o caso no TRE, o mesmo havia constatado ilegalidade, mas disse que não teria competência para analisar o caso, porque não se tratava de crime eleitoral. Mas me deram um norte informando que qualquer cidadão poderia entrar com uma ação popular", explicou.

Por outro lado, Cury ainda informou que poderia ter ingressado com outro pedido, mas que não quis deixar o presidente em uma 'situação delicada'. Porém, mesmo assim, apresentou requerimento à Casa de Leis e o caso segue sob análise da Procuradoria Jurídica da Câmara.

O caso

Lucas de Lima teria omitido da Justiça Eleitoral uma condenação em colegiado (segunda instância), o que o tornaria inelegível naquela ocasião.

O parlamentar foi condenado nas duas instâncias da Justiça Federal por apropriação indébita. Ele deveria cumprir pena de 1 ano e quatro meses de prisão, que foram convertidas em serviços à comunidade. Lima era sócio e fiel depositário da pizzaria Tribo da Pizza, em Campo Grande, junto à Justiça do Trabalho. 

No entanto, a empresa teve problemas financeiros e fechou, mas Lucas vendeu o patrimônio que deveria preservar. O parlamentar recorreu ao STJ, que manteve condenação do mesmo. A defesa do locutor prometeu recorrer ao STF (Superior Tribunal Federal).