09/01/2018 15:10
'As quatro filhas de Francisco': pai pede ajuda para sustentar crianças no Tarsila do Amaral
Francisco diz que foi abandonado pela mãe das meninas há mais de um ano
Desesperado pela condição financeira em que se encontra, Francisco Assunção, 31 anos, pede ajuda da população para conseguir continuar sustentando as quatro filhas no bairro Tarsila do Amaral, em Campo Grande. Ele disse ao TopMídiaNews que a mãe das crianças teria abandonado a família em 2016 e não deu mais notícias.
“Ela foi embora, não brigamos nem nada, ela só falou que não queria mais continuar vivendo comigo e que também não levaria as meninas. Eu concordei, ela saiu e nunca mais voltou. Nunca mais nem fez contato para saber das filhas. Eu cuido delas desde quando ela foi embora”, conta o homem.
O pai cuida de uma menina de seis anos, uma de cinco, uma de três anos e uma bebê de um ano e seis meses. Ele afirma que antes, contava com a ajuda a mãe que acabou ficando doente e hoje, não consegue mais ajudar a cuidar das netas.
“Eu cuido das meninas desde p dia 1° de setembro de 2016. Minha mãe ficava com elas, eu tinha conseguido um emprego e comecei a trabalhar na construção de um prédio de 25 andares. Eu pagava R$ 200 para minha mãe e mais alguns alimentos, só que minha mãe ficou doente e agora não pode mais cuidar das crianças. Eu procurei uma outra pessoa, mas a babá que consegui falou que ficava com as quatro por R$ 800 e eu tinha que dar mais a alimentação das meninas, mas como eu ia fazer isso se eu ganho R$ 900 e pouco. Não tinha como, tentei encontrar alguém mais barata, mas não consegui”.
Francisco diz que acabou perdendo o emprego, já que não tem com quem deixar as crianças no mês de janeiro, período de férias da creche e escola. “As duas menores ficam na creche das 7 horas até às 16h30 e as grandes, ficam na escola até 11 horas. Minha mãe buscava elas, mas agora não tem aula e eu tenho que ficar com elas. As menores me chamam de mãe até”.
Questionado sobre a falta da mãe, Francisco explica que as crianças menores choravam antes, mas agora acabaram acostumando com a ausência da
Sobre uma oportunidade de trabalho, Francisco destaca que atua como jardineiro, servente de pedreiro, serviços gerais. “Eu trabalho do que aparecer, desde que elas estejam na escola, daí consigo trabalhar. Eu agradeço todos que me ajudarem. Já veio assistente social aqui em casa para ver a situação das crianças, ela viu que cuido bem”.
Natal e ano novo da família de Francisco
O homem relembra que enquanto muitas famílias brindavam o natal e a chegada de um novo ano, ele dormia com as filhas dentro da casa humilde no Tarsila do Amaral.
“Passamos o Natal e ano novo aqui, passei com elas, como sempre estou, aqui dentro de casa. Acordo todo dia cedo, limpo o quintal todo, limpo a casa, cuido das minhas filhas muito bem e vou continuar cuidando”.
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