01/01/2018 15:15
Retrospectiva 2017: políticos de MS são citados em delações premiadas da Lava Jato
Delações dos executivos da Odebrecht, do Grupo JBS e do doleiro Lúcio Funaro trazem nomes de MS
Durante o ano de 2017, as delações premiadas de investigados referentes à Operação Lava Jato se estenderam a Mato Grosso do Sul. Tanto as delações dos executivos da Odebrecht, do Grupo JBS e do doleiro Lúcio Funaro citaram políticos, empresários e servidores públicos de MS.
A delação dos executivos da Odebrecht citou ao todo 179 políticos de todo o país. De Mato Grosso do Sul foram citados, por exemplo, o ex-governador Marcelo Miranda e o deputado federal Zeca do PT. Também aparecem o deputado federal Vander Loubet, o ex-senador Delcídio do Amaral e o ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal Edson Giroto, além do ex-vereador de Campo Grande Aurélio Cance Junior e o ex-prefeito de Corumbá, Doutor Hélio, que fazem parte da 'República de MS' em Campinas.
Os deputados federais Vander Loubet e Zeca do PT também tiveram a abertura de processos autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal, após as delações dos executivos da Construtura Odebrecht revelaren doações de campanha e pagamento de propina para diversos políticos do país.
O fiscal tributário do Estado, José Miguel Milet, e o fiscal de rendas e funcionário do Tribunal de Contas do Estado, Fadel Tajher Iunes, também são citados pela Odebrecht por receberem propina para que a empresa pudesse receber recursos por obras realizadas no Estado.
A empresa também teria utilizado o faturamento da Usina de Rio Brilhante para realizar pagamentos a políticos pertencentes ao PP e PMDB em 2012 em outros Estados. A empresa também teria desviado recursos de obra de reforma no Mercado Municipal de Campo Grande.
A delação dos sócio proprietários da JBS, Joesley e Wesley Batista, envolveu, por exemplo, Delcídio do Amaral.
Na delação do doleiro Lúcio Funaro, que trabalhou com o ex-presidente da Câmara de deputados Eduardo Cunha, cita o pagamento de propina ao empresário Ivanildo da Cunha Miranda. Também cita a deputada Tereza Cristina por receber supostas vantagens de Cunha.