Política

15/12/2017 17:00

DEM pode desembarcar da base aliada de Reinaldo no início de 2018

Por enquanto, a decisão é pessoal do deputado federal Luiz Henrique Mandetta

15/12/2017 às 17:00 | Atualizado Diana Christie e Rodson Willyams
André de Abreu

Com pretensão de lançar candidato ao Governo do Estado, o DEM pode desembarcar da base aliada do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) já no início de 2018. Por enquanto, a decisão é pessoal do presidente estadual da legenda, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta, mas existe grande possibilidade dos demais filiados seguirem o líder.

Participando da inauguração da reforma do CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) Vila Nasser nesta sexta-feira (15), Mandetta declarou que deve convocar uma reunião com todos os membros do partido, em janeiro ou fevereiro, para avaliar os compromissos cumpridos pela gestão tucana.

“Há quatro anos, o DEM foi o primeiro partido a lançar o atual governador e houve uma série de projetos. O objetivo é reunir todo o partido e saber o que foi cumprido desses projetos”, declarou.

Mandetta adianta que nem todos os acordos foram atendidos por Reinaldo, mas que a decisão de fazer essa reunião é garantir que todos possam opinar sobre uma possível mudança de postura. “Não pode ser uma decisão monocrática, mas por mim, minha decisão pessoal, não vou acompanhar o atual governo”.

O deputado federal não retomou o assunto hoje, mas já vem falando da possibilidade de encarar novos desafios, inclusive uma possível candidatura ao governo estadual em 2018. Neste caso, o DEM tem que deixar a base aliada na Assembleia Legislativa, hoje representada pelo deputado Zé Teixeira.

Portas abertas para Tereza Cristina

Questionado sobre a possível filiação da deputada Tereza Cristina, que foi expulsa do PSD por alinhamento favorável ao presidente Michel Temer, Mandetta revelou que ela procurou o partido, mas não tem nada acertado. Ele apenas garante que o DEM mantém as “portas abertas” para a parlamentar.

A migração, no entanto, não deve acontecer já que o partido também tem feito oposição velada à presidência. Neste sentido, é mais provável que Tereza assuma sua paixão pelo PMDB, afinal é apadrinhada política do ex-governador André Puccinelli (PMDB) e sempre manteve laços estreitos com o peemedebista.