Sol com poeira, chuva com lama e entulhos: é assim que os moradores da rua Maria Carlota Giordano, do bairro União, convivem há anos em Campo Grande. Os moradores mais antigos relembram que já ouviram diversas promessas políticas de melhorias na região, com asfalto e até cascalhamento, mas tudo não passou de promessas.

A idosa Izaíra Ferreira da Silva, 65 anos, que reside há 16 anos na Rua Maria Carlota Giordano explica que muitos vizinhos que possuem carro deixam o veículo na casa daqueles que moram no asfalto. “Tem muitos vizinhos que deixam o carro lá em cima, eles deixam na casa de quem tem asfalto porque trazer para a nossa rua estraga muita coisa. Tem gente que não consegue passar aqui, os carros voltam”.

Segundo a moradora, com as chuvas, a rua piorou e as pedras ficaram acumuladas. “Como está chovendo muito nos últimos dias, as pedras desceram todas para a nossa rua e é assim que estamos hoje. Isso aqui é um desrespeito com a população, não é justo pagar imposto alto para ter isso”.

Assim como Izaíra, Amorlin dos Santos, 70 anos, que reside há 20 anos no local destaca que apenas uma vez viu o serviço de cascalhamento ser realizado no local. “Eles não arrumam aqui de forma nenhuma, eu tenho até raiva de ouvir que vai mudar algo, porque não muda nada, o que muda são os impostos que cada vez estão mais altos. Apenas uma vez cascalharam a rua, é uma vergonha, o trabalhador que sofre com isso”.

Vilma dos Santos Cruz, 32 anos, diz que a filha prefere dar a volta na quadra do que encarar os buracos. “Minha filha volta de carro da faculdade, mas prefere dar a volta na quadra do que virar no meio de tantos buracos. Passar ali é saber que algum prejuízo o carro vai ter. Eu já acostumei com isso, porque é o que temos a fazer, porque nada será feito”.