09/12/2017 18:10
Sem manutenção, área esportiva do Parque das Nações pode ficar no escuro até julho
Com todos os refletores queimados há quatro meses, local público deixa de ser frequentado por atletas e quem busca por lazer
Um dos endereços mais frequentados de Campo Grande e cartão postal da cidade, o Parque das Nações Indígenas deixa de ser tão convidativo ao anoitecer. Com a falta de iluminação dos refletores, a pista de skate, quadras de futebol, vôlei e basquete e também a caixa de areia ficam completamente no escuro, problema que se estende há quatro meses e pode ultrapassar a metade do próximo ano.
A falta de manutenção não é recente e, em outras situações, foi contornada por grupos de pessoas que fazem uso constante da área pública. “Aconteceu outras vezes também de queimar algumas lâmpadas e depois de uns dois meses arrumar, mas dessa vez faz muito tempo que queimou, e queimou tudo. A gente vai jogar basquete pelo menos umas três vezes na semana está a mesma coisa, faz tempo que está assim”, relata o arquiteto Renan Wesley Queiroz Alves, 24 anos.
“Somente nós do basquete continuamos indo lá. O pessoal que corria na areia lotava lá, agora só tem ‘uns pingado’”, completa Kelvin Acosta Antunes, de 19 anos. Eles consideraram arrecadar entre si o dinheiro para comprar e instalar novas lâmpadas, responsabilidade que é do governo estadual.
Ainda que tenha base da Polícia Militar e fique com portões abertos entre 6h e 21h, as últimas horas do dia disponíveis para uso do parque também não passa a sensação de segurança a quem costumava permanecer até mais tarde no local.
Oito meses
Por intermédio do vereador enfermeiro Hederson Fritz, foi encaminhado um ofício ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). Em resposta, dada no dia 29 de novembro, o órgão não estabeleceu data exata para a realização dos reparos, mas demonstra que o problema pode se estender até a metade do próximo ano.
“Informamos que a adequação da iluminação das quadras existentes no Parque das Nações Indígenas está contemplada no pacote de obras do Governo do Estado para a reforma do parque. A empresa vencedora da licitação tem oito meses para finalizar toda a obra, que compreende além da adequação da iluminação das quadras, reforma de todos os banheiros, portarias e manutenção do gradil do entorno”, explica a nota, assinada pelo diretor presidente do Imasul, Ricardo Eboli Gonçalvez Ferreira.
Reforma
A obra a que o secretário se refere foi anunciada no dia 30 de novembro e deve custar R$ 946.580,17, com recursos oriundos de compensação ambiental. As mudanças preparam o espaço para receber parcerias com empresas privadas por meio do Programa Adote PNI, lançado em outubro, para manutenção do parque.
Conforme o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, o Governo do Estado tem procurado alternativas para esse serviço. “Em função disso, e diante de pedidos de algumas empresas que, inclusive, já têm projetos em andamento, elaboramos um decreto para regulamentar o sistema de parcerias. O decreto permite a adoção de uma área e em troca a empresa pode fazer sua publicidade, dentro dos padrões estabelecidos”, explica.