05/12/2017 09:30
Filha de corretor assassinado denuncia sumiço de R$ 200 mil e caso pode virar latrocínio
Documentos também teriam desaparecido, diz delegado
A Polícia Civil investiga denúncia de que R$ 200 mil foram furtados da imobiliária de Ivan Júnior Marquezan Cunha, corretor de imóveis assassinado a paulada na sexta-feira (1º). Se confirmado a suspeita, levantada pela filha da vítima, o caso passa a ser tratado como latrocínio, que é quando alguém mata para roubar.
''Vamos investigar.Vamos apurar a denúncia e ouvir testemunhas e familiares de todos neste caso", disse o delegado responsável, Walmir de Moura Fé, da 6ª DP.
O delegado acrescenta que parentes da vítima denunciam ainda sumiço de documentos de dentro da empresa.
A principal suspeita do crime é a própria esposa de Ivan, Dirleia Patrícia Monteiro Paes, 39 anos. Ela confessou que, na madrugada de sexta-feira, teve uma discussão com o marido e teria sido agredida. Para se defender, ela disse ter dado uma paulada na cabeça dele, deixando-o desacordado. Em seguida, desapareceu.
O crime
Ivan foi encontrado morto em cima da cama na última sexta-feira (1º), na residência onde vivia na Vila Bandeirantes, em Campo Grande. A suspeita é que o crime tenha sido cometido pela própria esposa, Dirléia Patrícia Monteiro, 38 anos, que é considerada desaparecida.
O corpo apresentava ferimento na cabeça e foi visto por sua filha, que foi até a residência na Rua Vicente Solari, na companhia de policiais após perceber o arrombamento e furto de dinheiro e documentos na imobiliária Marckezan, que pertencia à vítima, no bairro Amambaí.
Familiares da vítima que estiveram no local acompanhando a perícia informaram que todas as pistas apontam para que haja envolvimento da esposa, que havia levantado suspeita de estar roubando dinheiro do corretor. Ela era casada há mais de dez anos com ele e é proprietária de uma clínica de estética.
A suspeita também se baseia no fato de que a mulher saberia mexer no sistema de monitoramento da casa e não foram encontradas imagens registradas pelas câmeras de segurança.
(Delegado diz que se ficar confirmado roubo, caso pode virar latrocínio)
Prisão
Ainda na sexta-feira, Walmir de Moura Fé deu prazo até terça-feira (5) para a suspeita se apresentar. Caso contrário, ele pedirá a prisão dela à Justiça.
Defesa
O advogado de Dirleia disse que a cliente está bastante transtornada. Ele prometeu dar informações sobre o caso nesta segunda-feira, mas não atendeu aos telefonemas.