Cidades

26/11/2017 15:58

Após temporal, moradores ficam 22 horas sem energia no Amambaí

Coqueiro caiu na rede de energia após os ventos fortes que atingiram a Capital ontem

26/11/2017 às 15:58 | Atualizado Rodson Willyams
André de Abreu

Moradores do bairro Amambaí denunciam que desde às 17 horas de sábado (25) estão sem energia elétrica no cruzamento da Avenida Bandeirantes com a Rua Paissandú. O coqueiro de uma residência caiu sob a rede de energia e derrubou diversos fios e, pelos menos, três casas estão sem energia no local.

Os populares ainda reclamam em relação número de emergência da Energisa que 'só dá ocupado' e o tempo de espera chega a 30 minutos, mas sem resultado.

O portal recebeu a informação de moradores da região, via Repórter Top, e esteve no local na tarde deste domingo (26). Lá constatou o coqueiro caído sob os fios e os moradores sem energia. A Rua Paysandu chegou até ser interditada pelos moradores.

Um morador que não quis se identificar disse que o transtorno ocorreu desde às 17 horas de sábado, após o temporal. "Desde então, estamos sem energia. A gente liga, mas só dá ocupado o número", reclama o morador.


Pelos menos três casas estão sem energia. Foto: André de Abreu.

Outra a reclamar é Luzia Nantes, de 72 anos, que afirma que precisou tirar os alimentos perecíveis de casa e levar para outro local. "Tivemos que levar para o escritório da minha filha. Mas as outras coisas que estavam no refrigerador já estão quentes", lamenta.

Luzia ainda afirmou que já tentou contato com a concessionária, mas não obteve resultado. "Demora muito, pelo menos meia hora e não conseguimos resposta", afirma.

A reportagem entrou em contato com assessoria de imprensa da Energisa, que informou que uma equipe já está no local para retomar o restabelecimento de energia. Sobre os fios expostos na Avenida Bandeirantes, esquina com a Rua Paissandú, no bairro Amambaí, a concessionária de energia explicou que "a fiação é de responsabilidade de empresa de telefonia".

Outras áreas atingidas pelo temporal

A Energisa informa que possui um sistema em parceria com o INPE (Instituo Nacional de Pesquisa Espaciais) para monitorar as possíveis tempestades antes que elas aconteçam. Neste sábado (25), foram registradas mais de 3.400 descargas atmosféricas em Campo Grande, que vieram acompanhadas de fortes rajadas de vento e chuva.

A Energisa acionou, previamente, seu plano de contingência aumentando em cinco vezes o número de equipes de atendimento na Capital, "trabalhando com mais de 200 pessoas de forma ininterrupta para o restabelecimento do sistema".

Os bairros mais afetados pela tempestade foram; Vilas Boas, Amambai,  São Francisco,  Cabreúva, Carandá Bosque, Jardim dos Estados, Santa Fé, Jardim Seminário, Vila Nasser, São Conrado, Rita Vieira, Tiradentes e Santo Amaro.

Nesses locais, os reparos foram de maior complexidade, devido objetos lançados sobre a rede elétrica e também o contato de árvores com a rede causando o rompimento dos cabos.

"Reforçamos à população que, por motivo de segurança, nunca se aproxime de cabos partidos e acione imediatamente a Energisa, por meio do seu canal de atendimento 0800 722 7272 ou outras plataformas para registros de solicitações: site www.energisa.com.br, facebook da Energisa e o aplicativo Energisa ON", destaca a empresa.

Amambaí esquecido

Luzia relatou à reportagem que o bairro Amambaí 'foi esquecido' pelas autoridades.

"Nós ficamos sem água. Aqui na esquina, rompeu a tubulação de água e escorreu água por 48 horas, ligamos na Águas Guariroba e demoraram muito para concertar. Falam pra gente economizar e deixa acontecer isso", comenta.

Outro ponto lembrado pela moradora são os bueiros do bairro que estão cheio de lixo. "Estão tudo entupido. Fora os buracos nas ruas. Parece que o bairro Amambaí foi esquecido", finaliza.