há 7 anos
Marun diz que prisão resultou na ‘perda equivocada’ da liderança de Puccineli ao Governo
Para deputado, ex-governador foi vítima de violência e precisa de descanso antes de ser convenção regional do PMDB
Denominando o ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, como ‘líder maior’, o deputado federal Carlos Marun (PMDB) divulgou nota em que explica os motivos por trás do adiamento da convenção regional da sigla, que foi adiada deste sábado (18) para 2 de dezembro. A executiva estadual do partido tomou a decisão para ‘abaixar a poeira’ da prisão do político, acusado de esquema com verba pública, e que seria nomeado como o presidente do partido no evento.
No comunicado, Marun afirma que Puccinelli foi vítima de violência e precisa de tempo para retomar o convívio familiar, longe de eventos políticos. “Mesmo tendo a decisão representado uma perda política, já que faríamos uma convenção histórica, haja visto as dezenas de confirmações de caravanas do interior, entendo que não poderíamos agir como se nada tivesse acontecido, dando sequência normal a nossa agenda”, disse em um dos trechos.
O deputado, que chegou a visitar o ex-governador no Centro de Triagem onde permaneceu detido, em Campo Grande, ainda chama as decisões do Desembargador Paulo Fontes tem graves consequências pessoais e políticas e foi tomada equivocadamente, prejudicando, em suas palavras, ‘ o candidato que lidera as pesquisas para governador de MS’.
Por fim, reafirma que confia em uma ‘Justiça Sem Partido’ e espera esclarecimentos sobre o ocorrido.
Lama Asfáltica
A Polícia Federal cumpriu mandado de prisão preventiva contra André Puccinelli nesta terça-feira, 14 de novembro, durante a Operação Papiros de Lama, quinta fase da Operação Lama Asfáltica. O ex-governador e seu filho André Puccinelli Junior foram transferidos durante a noite para o Centro de Triagem no complexo penitenciário no Jardim Noroeste.
Puccinelli foi preso suspeito de chefiar um esquema de corrupção especializado em desvio de dinheiro público, pagamento de propinas e lavagem de dinheiro. Segundo a delação premiada de Ivanildo, ele teria recebido propinas de diversos frigoríficos em troca de isenções fiscais concedidas durante a sua gestão.
O ex-governador foi preso juntamente com o filho, o advogado e professor universitário André Puccinelli Junior. O advogado é acusado de lavar dinheiro através do Instituto Ícone e com a venda de livros jurídicos, que foram adquiridos pela Águas Guariroba e outras empresas que mantém contratos com o poder público.