Cidades

04/10/2017 14:31

Fórum dos servidores classifica reajuste de 2,94% nos salários como ‘ridículo’

Entidade representativa divulgou nota pública contra o aumento

04/10/2017 às 14:31 | Atualizado Diana Christie
Representantes do Fórum durante protesto por reajuste na Capital - Airton Raes

Ridículo. É assim que o Fórum dos Servidores Públicos de Mato Grosso do Sul classifica o reajuste de 2,94% sobre os salários dos funcionários estaduais, que foi publicado em diário oficial. “Um percentual ridículo que penaliza o servidor público estadual”, diz a entidade de classe em nota pública.

O valor já garante efeito a partir da folha de setembro, mas causa revolta nos servidores públicos. Eles reclamam que o aumento não garante nem mesmo a reposição inflacionária de 4,08% do IPCA. “As graves denúncias de mau uso do dinheiro público, contra autoridades nacionais e estaduais seguem a todo vapor e isto responde muita coisa da atual situação salarial do servidor público que mais uma vez paga o preço e as consequências da corrupção”, diz o Fórum.

Em nota, o Fórum destaca os seguintes aumentos:

1)            A inflação  em Campo Grande medida pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para a data-base de maio de 2017 foi de 4,39% - a do Brasil para o mesmo período foi de 3,35%.

2)            O custo da energia elétrica na Capital foi de 7,42%, sendo que o custo da energia no restante do país para o mesmo período foi de 0,18%.

3)            No grupo de transportes os gastos com veículo próprio tiveram aumento de 4,94%, e os gastos com emplacamento/licença: 27,17% - quase três vezes maior que a inflação deste item no país, que foi de 8,07%. A gasolina teve aumento de 2,28%, enquanto no país, o combustível apresentou retração em 2,74%. No caso do etanol, o aumento foi de 6,66%, sendo que no restante do país foi de 3,12%.

4)            Em saúde e cuidados pessoais, os preços subiram em 5,10%;

5)            No grupo educação foi registrada uma variação de 7,51%, sendo que somente os gastos com papelaria chegaram a 9,78%.

“Além de esclarecer o quanto nossos salários perderam do seu poder de compra ao longo do tempo, estes índices de inflação registraram a variação dos preços de produtos e serviços da Capital. O aumento com gastos de habitação, energia elétrica, emplacamento/licenças e gasolina, por exemplo, em números muito superiores ao registrado no restante do País demonstram o crescimento dos impostos, tributos e taxas que vão direto para os cofres da administração estadual”, enfatiza a entidade de classe.