01/10/2017 16:01
'Era nossa bonequinha de porcelana', diz irmã de Mayara em passeata por justiça
Mayara Fontoura Holsback, de 18 anos, foi assassinada a golpes de tesoura no último dia 15
'Era nossa bonequinha de porcelana', assim Mayara Fontoura Holsback, de 18 anos, era chamada entre os familiares que pedem justiça pela morte da jovem, assassinada a golpes de tesoura no dia 15 do mês passado. Na tarde deste domingo (1), amigos e parentes de Mayara realizam uma passeata pela Avenida Afonso Pena, no centro de Campo Grande.
Uniformizados e com cartazes, dezenas de pessoas que conheciam a jovem se reuniram na Praça Ary Coelho, e depois o grupo seguiu até os altos da Avenida Afonso Pena com gritos de 'justiça'.
A família espera que o principal suspeito de assassinar Mayara seja preso o mais rápido possível. O suposto autor seria Roberson Batista da Silva, com quem a vítima tinha um relacionamento.
Viviane Fontoura Holsback, de 20 anos, é irmã de Mayara. Lembrando com emoção da vítima, ela diz que até então ninguém ainda sabe o paradeiro de Roberson, que está foragido.
"Ele tirou da gente a nossa bonequinha de porcelana. Minha irmã sempre foi muito alegre e preferia esconder seus problemas pessoais, mas nós sabíamos que ela era ameaçada. Ele não deixava ela viver, não podia mais sair, não podia fazer nada. Acredito que ela queria terminar o relacionamento e ele não aceitou", diz Viviane.
Viviane lembra que, no dia do crime, o suspeito ainda chegou a levar Mayara até a casa da mãe. "Ele deixou ela na casa da minha mãe, estava alegre como sempre. Depois minha irmã foi embora e, à noite, só ficamos sabendo que ela estava morta na casa onde morava com meu outro irmão", destacou.
Roberson teria invadido a casa da vítima no Bairro Universitário, local onde assassinou a jovem, que estava deitada na cama. O suspeito já foi preso por tentar matar a ex-mulher.
Com extensa ficha criminal por diversos crimes, Roberson teria agredido uma ex-namorada em 2010 e chegou a quebrar um dente da vítima com um soco. Em 2011, ele foi preso ao tentar matar a ex-mulher com três tiros em um posto de combustível localizado na Avenida Fernando Corrêa da Costa. Na ocasião, ele acabou preso, confessou o crime e foi condenado a quase quatro anos de reclusão.