29/08/2017 08:32
Gaeco fez apreensão de documentos no Detran e sindicato denuncia uso político do órgão
Segundo presidente do Sindetran, quem paga a conta é o contribuinte
Os investigadores do Gaeco realizaram busca e apreensão de documentos em dois blocos do Detran-MS (Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul). A informação foi confirmada pelo servidor Octacílio Sakai Junior, presidente do Sindicato dos Servidores do Departamento de Trânsito no Estado. Os servidores sequer puderam entrar em seus locais de trabalho. Eles apenas bateram o ponto e saíram.
“Chegamos e eles estavam fazendo busca e apreensão de documentos. Mas são tantas denúncias que estão acontecendo que não sabemos qual investigação que é”, contou Sakai.
Segundo ele, o próprio sindicato fez diversas denúncias sobre o órgão. “O sucateamento da máquina hoje é para tentar terceirizar tudo que puder e quem fica onerado é o contribuinte. Hoje temos uma vistoria terceirizada e é uma das mais caras do Brasil, sendo que antes nem era paga”.
O presidente denunciou o uso do órgão público como moeda de troca política por parte de quem está na direção. “Deveriam ver o sindicato como aliado, porque o que está acontecendo no Detran é política pura. Largam na mão de políticos e usam como bem querem. Hoje era para todos estarem viajando para o interior, mas não tem diária e ficam tudo sem exame. O contribuinte já pagou pelo exame e não consegue fazer. E já ficaram sem pagar a gráfica que emite CNH”, denunciou.
Outro problema apontado pelo presidente do sindicato é a terceirização do sistema de informação e automação. “O governo fecha um contrato e nem vê a transmissão de tecnologia e deixa os servidores reféns do sistema. Nosso banco de dados hoje está todo nas mãos de terceirizados”, alertou.
A reportagem tentou falar com o diretor-presidente do Detran-MS, Gerson Claro, mas o celular dele estava desligado.