Polícia

03/08/2017 11:40

Caso Kauan: laudos periciais devem ficar prontos até esta sexta

Mesmo após buscas e investigações, o corpo do garoto ainda não foi localizado

03/08/2017 às 11:40 | Atualizado Anna Gomes
Delegado que investiga o caso. - Anna Gomes

Devem ficar prontos até esta sexta-feira (4) os laudos periciais do caso do menino Kauan Andrade Soares dos Santos de nove anos, que foi estuprado e morto, supostamente pelo professor , Deivid de Almeida Lopes, 38 anos há mais de um mês. Até o momento mesmo após buscas e investigações, o corpo do garoto ainda não foi localizado.

Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (3), o delegado Paulo Sérgio Lauretto, da DPCA (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente), relatou que ele ainda está no aguardo dos cinco laudos periciais, alguns devem ficar prontos nesta sexta-feira.

Conforme Lauretto, a perícia foi realizada na casa onde supostamente o crime aconteceu. O carro do suspeito também foi periciado. Os policiais também realizaram coletas do rio onde supostamente o corpo teria sido jogado, além de exames de DNA, para comparar o cabelo encontrado no rio com familiares do menino.

Ao todo foram três inquéritos para esclarecer o crime. Um de estupro de vulnerável, outro de favorecimento a prostituição e mais um pelo homicídio, que deve ser concluído até o dia 24 deste mês.

Outras vítimas

Durante as investigações, a polícia conseguiu descobrir outras vítimas de Deivid. Ao todo, foram duas crianças e seis adolescentes estuprados pelo professor. Todos seriam meninos e de famílias humildes.

"Ele oferecia dinheiro para cometer o abuso. Todas as crianças era muito humildes e ele se aproveitava disso. Dava em torno de R$ 5 a R$ 20 para cometer os crimes", disse o delegado.

Morte do menino Kauan

A descoberta do que ocorreu com Kauan revoltou a população de Campo Grande. A princípio desaparecido desde o dia 25 de junho, a polícia elucidou parte do caso. Deivid, teria usado um adolescente de 14 anos para atrair a vítima até sua casa e estuprar o menino até a morte, no Cophavilla II. 

O suspeito nega o crime, mas o adolescente confirmou e a polícia encontrou vasto material pornográfico na casa dele, vestígios de sangue e também fotos com outras crianças, sendo que outras duas vítimas já teriam sido identificadas. Ainda segundo a polícia, o adolescente contou que Kauan desmaiou durante o abuso sexual. Em seguida, Deivid e ele teriam jogaram o corpo do menino, a princípio, no Rio Anhanduí, região sul de Campo Grande.

Assim que a violência foi descoberta, a polícia e bombeiros fizeram buscas no local, na Avenida Ernesto Geisel, mas até agora não encontraram o cadáver.

Deivid, segundo a polícia, ainda pode ter feito outras vítimas, já que a presença de crianças na casa dele era constante, pelo fato de ter dado aulas particulares para pessoas dessa faixa etária.