28/07/2017 09:26
Bombeiros retomam buscas por corpo de Kauan na região do Aero Rancho
Existe a possibilidade de o adolescente de 14 anos, que está envolvido no crime, voltar à região para auxiliar nas buscas
Em parceria com a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros reinicia, nesta sexta-feira (28), as buscas pelo corpo do menino Kauan Andrade dos Santos, 9 anos, no córrego Anhanduí. Os militares devem vasculhar o rio a partir da ponte do Caique, na Ernesto Geisel, região do bairro Aero Rancho, em Campo Grande.
A titular da Deaiji (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), Aline Sinotti, está no local. Existe a possibilidade de o adolescente de 14 anos, que está envolvido no crime, voltar à região para auxiliar nas buscas com a indicação de onde teria jogado o corpo da criança.
O caso
Desaparecido há mais de um mês, Kauan teria sido violentado e morto durante o ato sexual por Deivid Almeida, 38 anos, com a ajuda do adolescente de 14 anos. Em depoimento, o jovem confessou ter levado o menino para a casa do pedófilo, no bairro Cophavilla, para ter relações sexuais com ele.
Conforme o delegado da DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), Paulo Sérgio Lauretto, durante o ato sexual, a criança começou a chorar e pedir para ir embora, mas Deivid não parou e pediu ajuda do adolescente para segurar as mãos de Kauan. Como os gritos continuaram, o criminoso teria segurado a boca da criança, até que ela desfaleceu, possivelmente morta por asfixia.
O adolescente contou ainda que, assustado, colocou o corpo de Kauan em um saco plástico preto e jogou no rio. Até o momento, no entanto, os bombeiros encontraram apenas cabelo humano, que está sendo periciado. As buscas chegaram a ser encerradas no início da semana, mas os policiais retomaram a procura ontem à tarde após o surgimento de novas pistas.
Deivid nega qualquer envolvimento no crime. Porém, na casa indicada pelo adolescente, a polícia encontrou vestígios de sangue e vasto material pornográfico, além de fotos do homem com outras crianças. De acordo com Lauretto, outras oito vítimas foram identificadas desde que o caso foi divulgado.