Polícia

26/07/2017 17:49

Musicista foi morta a marteladas em motel, diz polícia

Corpo da vítima foi desovado na região do Inferninho e parcialmente carbonizado

26/07/2017 às 17:49 | Atualizado Kerolyn Araújo
Kerolyn Araújo

A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (26), os três suspeitos do crime que vitimou a musicista Mayara Amaral, 27 anos, que foi encontrada morta ontem (25) parcialmente carbonizada na saída para Rochedo, na região do Inferninho. Ela foi morta a marteladas.

Conforme o delegado Thiago Macedo, da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) da Vila Piratininga, foram presos Luis Alberto Barbosa Bastos, 29 anos, Ronaldo da Silva Olmedo, 30 anos, e Anderson Sanches Pereira, 31 anos. Dos três, apenas Luis, que seria o mentor do assassinato, confessou o crime. 

Segundo o delegado, Luis, que também é músico, atraiu a vítima para um motel na saída de Rochedo na noite de segunda-feira (24). "Ele conhecia a vítima e marcou um encontro com ela e Ronaldo em um motel. A vítima foi ao local e manteve relação sexual com os dois com consentimento e só depois foi morta com golpes de martelo na cabeça", explicou. Ainda segundo o delegado, a intenção do trio era roubar a vítima.

Luis e Ronaldo seguiram com Mayara já sem vida até a casa de Anderson. Lá, eles repartiram os bens da musicista, como telefone celular, computador, dinheiro e instrumentos musicais. ''Para despistar a polícia, Luis pegou o celular da vítima e mandou uma mensagem para a mãe e uma amiga da Mayara, tentando incriminar um outro rapaz com quem ela mantinha um relacionamento", explicou o delegado.


(Objetos da vítima que foram encontrados com autores. Foto: Kerolyn Araújo)

Após seis a oito horas da morte da musicista, o trio levou o corpo para saída de Rochedo, onde simularam um incêndio na pastagem e também colocaram fogo no corpo da vítima, para tentar dificultar a identificação. 

De acordo com o delegado, um primeiro suspeito chegou a ser detido, mas ficou comprovado que ele não tinha nenhum envolvimento com o crime. "Durante as investigações, rastreamos o celular da vítima com um aplicativo e acabamos chegando até o Luis. Na casa dele, encontramos objetos pessoais da vítima, inclusive as roupas que ela usava no dia crime, que estavam sujas de sangue", detalhou.

Ronaldo e Anderson foram presos horas depois com o carro da vítima, um VW Gol.

Para o delegado, ficou claro que eles planejaram o crime com a intenção de roubar a vítima, mesmo que para isso eles tivessem que matá-la.

O trio responderá por latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver.