Polícia

03/07/2017 17:40

Sargento que executou PM vai responder processo em liberdade, diz delegado

Se tiro que atingiu pedestre saiu da arma dele, também vai responder por tentativa de homicídio

03/07/2017 às 17:40 | Atualizado Thiago de Souza e Anna Gomes
Revólver e pistola usadas pelos PM's no Nova Lima - Wesley Ortiz

O sargento da Polícia Militar, César Diniz, prestou depoimento à polícia, na tarde desta segunda-feira (3), e deve responder por homicídio, segundo o delegado Weber  Luciano de Medeiros. O policial manteve a tese de legítima defesa.

O delegado Medeiros, da 2ª DP, apresentou as duas armas envolvidas no crime. A pistola .40 do sargento Diniz e o revólver calibre .38 que estava com a vítima, o tenente João Miguel Além Rocha.
 
O suspeito mantém a tese já adiantada pelo advogado dele, de que levou um tapa no rosto. Também relatou que revidou a agressão, tirou a pistola e atirou três vezes contra a vítima.

Ainda segundo o delegado, Diniz deve responder por homicídio, e se confirmado que o tiro que atingiu Gustavo Oliveira Mendonça, que estava do outro lado da rua, saiu da arma dele, vai responder por também por tentativa de homicídio.

Weber disse que o suspeito está colaborando com as investigações, apresentou a arma que utilizava e vai responder em liberdade. A autoridade disse que a investigação do caso começa agora. Ele informou que vai começar a coletar os depoimentos das testemunhas para esclarecer o fato.

(Delegado diz que suspeito vai responder em liberdade)

 

O crime

Por volta das 12h, bombeiros e o Samu foram acionados para socorrer um homem vítima de disparo de arma de fogo, na Avenida Gualter Barbosa, no Bairro Nova Lima.

A vítima, o tenente aposentado do 9º BPM foi atendido pelo Corpo de Bombeiros e médicos do Samu e tentou ser reanimado por 46 minutos, mas não resistiu entrou em óbito.

Gustavo Oliveira Mendonça, 18, foi atingido por disparos de revólver e foi levado para a Santa Casa de Campo Grande.

O autor do homicídio, um outro policial militar, fugiu do local e deve se apresentar à polícia na segunda-feira (4). O motivo do assassinato teria sido uma desavença na venda de um veículo Nissan Tida entre os dois militares.