02/07/2017 11:30
Movimento que pediu 'Fora Dilma' também atua em MS e quer denúncias por aqui
Grupo vai cobrar seriedade e condenação de dois governadores na CPI da JBS
Conhecido nacionalmente por liderar os protestos contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o MBL (Movimento Brasil Livre) tem ramificação em Mato Grosso do Sul. Por aqui, diante dos escândalos políticos atuais, quer também denunciar a atuação de líderes regionais.
Uma das lideranças do grupo, o estudante Lucas dos Santos,19 anos, garantiu que vai acompanhar de perto a CPI da JBS, que investiga o ex-governador André Puccinelli (PMDB) e o atual, Reinaldo Azambuja, por terem supostamente cobrado propina para aplicar isenções fiscais às empresas dos irmãos Batista no Estado.
Santos conta que o grupo vai cobrar punição dos envolvidos, mas acredita que a verdadeira intenção dos parlamentares estaduais - a maioria da base de apoio do governador - é usar a CPI para fazer uma 'autopromoção' de que algo efetivo foi feito para condenar os suspeitos.
(Lucas diz que MBL-MS vai cobrar impeachment de Reinaldo - Foto: Reprodução)
Lembrado sobre o histórico do parlamento em não autorizar a investigação dos governadores, como na gestão de André Puccinelli, que foi 'blindado' contra investigações no STJ, por pelo menos três vezes, Lucas disse que 'será vergonhoso para a Assembléia Legislativa absolver o atual governador sem simplesmente investigá-lo''.
Até o telefone do gabinete do presidente da Assembleia Legislativa, Júnior Mochi (PMDB) foi divulgado na página do grupo para que o público entrasse em contato para cobrar seriedade nas investigações.
''E lembraremos o povo do nosso Estado sobre isso nas eleições de 2018. Vamos mostrar como votou ou deixou de votar cada Deputado'', avisou a liderança.
Outras ações
Embora o grupo esteja protestando contra o governador Azambuja, o MBL-MS também faz críticas severas a parlamentares do estado. Entre eles está Dagoberto Nogueira (PDT), que na página do movimento é apresentado como o 'político que votou contra o impeachment da Dilma Rousseff ' e 'amigo de Lula e Delcídio''.
Outro alvo de protesto do MBL é o deputado federal Carlos Marun (PMDB). Os membros alertam a população para que não reeleja o parlamentar, já que ele é 'amigo íntimo' de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara e preso na Operação Lava Jato e por ter utilizado dinheiro público para visitar o 'amigo' na cadeia, em Curitiba (PR).
Neste ano, o MBL-MS teve como alvo de protestos o Aquário do Pantanal, que segundo eles já consumiu R$ 230 milhões dos cofres públicos e se tornou um 'elefante branco' nas administrações Puccinelli e Azambuja. O grupo estuda pedir a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar o caso.
Novas pautas
Segundo Lucas dos Santos, o grupo vai coletar assinaturas e enviar para a Câmara Municipal para que um projeto de lei sobre a taxa de iluminação pública seja elaborado. A coleta das assinaturas será feita na internet e no centro da cidade.
Autalmente a prefeitura arrecada R$ 7 milhões por mês com a cobrança, mas o que se vê pelas ruas e noticiado pelo TopMidiaNews, moradores, principalmente da periferia, sofrem na escuridão das ruas.