27/06/2017 19:14
Marquinhos não vê transtornos com greve dos médicos e diz que 'há radicais no sindicato'
Prefeito diz que está disposto a negociar, mas não pode conceder 27,5%
O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) negou que o serviço de saúde na cidade tenha sofrido transtornos por conta da greve dos médicos. Ele diz que há radicais no sindicato e que a todo momento esteve disposto a negociar com a categoria.
''Não estamos negando de dialogar. O que não podemos fazer é dar reajuste para uma categoria e deixar outros 23 mil servidores sem aumento. Não é por que uma categoria exerce atividade mais intelectual que vai merecer aumento e um funcionário da limpeza não recebe'', explicou Trad.
''Graças a cautela tomadas pela prefeitura não tivemos transtornos nas unidades de saúde de Campo Grande'', afirmou o prefeito da Capital.
O prefeito falou, durante solenidade de assinatura de decreto que aumenta os ganhos da Guarda Municipal de Campo Grande, na tarde desta terça-feira (27), que os médicos querem recuperar três anos de perdas salariais ''de uma vez só''.
Trad enfatizou que a prefeitura não tem condições de dar o que foi pedido pelos médicos e que se conceder o reajuste, de 27,5%, o impacto mensal na folha vai ser de R$ 5 milhões ou R$ 60 milhões por ano. ''Isso deixaria a cidade em situação de insolvência'', alertou.
Negociação
Marquinhos Trad disse que a prefeitura está aberta a negociações, mas declarou que o sindicato que organiza a paralisação é inflexível.
''Eu obtive a liminar [ que proíbe a greve] na sexta à noite e na manhã de sábado nós convidamos eles [sindicato dos médicos] e a resposta foi que a greve continua e só não existirá se o 'mundo acabar', relatou o prefeito.
O prefeito ainda contou que o sindicato disse que já tem os 10 mil reais, que seriam para o pagamento de multa por não acatar a decisão judicial e que já teria outro montante para poder continuar com o movimento.