26/06/2017 11:30
Sindicato ignorou até vereadores na hora de anunciar greve que prejudica campo-grandenses
João Rocha afirmou que sequer foi convidado a participar de negociação
O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador João Rocha, do PSDB, afirmou que a Casa de Leis vê com preocupação a greve iniciada pelos médicos da rede municipal de saúde nesta segunda-feira (26). Durante agenda pública, Rocha disse que o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul não procurou os vereadores para tratar de questões de reajustes salariais.
"Nós não nos envolvemos, até porque, o Sindicato dos Médicos não nos procurou. Neste sentido, a Câmara Municipal não participa das discussão entre o Executivo e a classe, mas a grave de maneira gera, nos causa preocupação", comentou.
Rocha ainda declarou que espera que haja um entendimento entre o Executivo e o Sindicato. "No final, quem acaba mais prejudicada é a população. E se vier algum projeto para a Casa que a gente possa ajudar, nós não vamos cruzar os braços", disse.
A greve
O Sinmed manteve a greve, uma vez que questiona reajustes salariais com o Executivo. A greve terá duração de 10 dias, respeitando os limites previstos em lei, de manter 70% dos profissionais na urgência e emergência e 30% no atendimento ambulatorial. Atualmente, a Capital possui entre 800 a 900 médicos, que estão na rede municipal de saúde.
A categoria luta por melhorias salariais desde março e, durante as negociações com a prefeitura, os reajustes oferecidos eram em cima de gratificações impostas por decreto e que podem ser retiradas a qualquer momento. O esperado é uma oferta de reajuste em cima do salário base, que há três anos é de R$ 2.516,72.
O prefeito Marquinhos Trad, do PSD, foi informado no sábado (24), pelo presidente do Sinmed, Flávio Freitas Barbosa, que a categoria entraria em greve nesta segunda-feira (26). "Fiquei surpreso quando o presidente anunciou que a categoria vai descumprir a decisão judicial e entrar em greve. Ele me disse que eles irão manter a greve e vão pagar a multa de R$ 10 mil por dia", estipulada pela Justiça.
O atendimento nas unidades de saúde está lento. O TopMídiaNews apurou que somente em uma unidade de saúde da Capital, em hora, dois atendimentos foram realizados. Mas há pacientes aguardando há três horas para passar por uma consulta.