Polícia

23/06/2017 11:20

Contrato de R$ 36,48 milhões do SIGO entra na mira do MPE

Sistema possibilita o registro de ocorrências da polícia de todo MS

23/06/2017 às 11:20 | Atualizado Diana Christie
Wesley Ortiz

A contratação de empresa especializada para o desenvolvimento do SIGO (Sistema Integrado de Gestão Operacional), principal ferramenta utilizada pela polícia para registrar boletins de ocorrência e cruzar dados de crimes que auxiliam nas investigações, entrou na mira do MPE (Ministério Público Estadual).

De acordo com o diário oficial desta sexta-feira (23), o órgão fiscalizador determinou a apuração de eventual irregularidade pelo promotor Humberto Lapa Ferri, da 31ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social. Como de costume, o investigador colocou  o processo com os detalhes da denúncia em sigilo.

Em setembro do ano passado, o sistema apresentou diversas falhas, sendo que policiais civis tiveram que recorrer a cadernos e registros em papéis. Conforme o empresário e desenvolvedor do software, Adriano Chiarapa, a ferramenta não estava funcionando normalmente devido à falta de manutenção, por causa da falta de pagamento do serviço pelo governo do Estado.

Na época, o empresário explicou que o Sigo é um sistema gigantesco e que não tinha como ser mantido em perfeitas condições de funcionamento sem as manutenções. "Se alguma parte do sistema apresenta um problema que antes era resolvido em dois dias, agora levamos até três semanas. Não tenho como ter uma equipe para fazer esse serviço sem o pagamento”, disse.

Após várias negociações, o problema foi resolvido. Hoje, segundo o Portal da Transparência do Governo, o fundo especial de reequipamento da Sejusp (Secretaria de Estado de Segurança Pública e Justiça) possui um contrato com a Compnet Teconoliga Ltda – ME, no valor de R$ 36,48 milhões. O acordo foi celebrado em 22 de setembro de 2016, logo após as paralisações, e tem validade até 21 de setembro de 2020.