16/06/2017 12:33
Operação do Gaeco e Choque faz 'limpa' em celas de penitenciária em 'ação sigilosa'
Grupo formado por 25 homens teria recolhido celulares utilizados pelos detentos
Os agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deixaram o Centro de Triagem da Penitenciária de Campo Grande, após três horas e meia no local e recusaram conceder informações para a imprensa. Porém, a reportagem apurou que se trata de uma nova operação para combater o crime organizado e diversos aparelhos celulares foram recolhidos pelo grupo, formado por mais de 25 homens, entre agentes do Gaeco e Policiais do Batalhão de Choque.
O grupo chegou no local por volta das 8h15 e barrou a entrada de outras pessoas durante a realização dos trabalhos. Advogados tentaram entrar no local, mas foram barrados por funcionários na portaria. Os Policiais do Batalhão de Choque deixaram o Presídio por volta das 10h25 e os agentes do Gaeco, continuaram no local por mais uma hora e meia.
Ao serem questionados sobre a operação, os militares alegaram que o Gaeco concederia detalhes sobre o que foi realizado dentro nas celas dos presídios. Porém, os agentes recusaram conceder qualquer tipo de informação, destacando que a operação segue sob sigilo de justiça até a próxima segunda-feira (19).
Operação Chip
Na última segunda-feira (12), o Gaeco desencadeou a Operação Chip, que apura crimes de corrupção, peculato, tráfico de drogas e associação para o tráfico dentro do sistema prisional, mas nenhum agente confirmou se a presença das autoridades no local teria ligação com a nova operação.
Durante a operação foi realizada busca e apreensão no Instituto Penal de Campo Grande e em residência de agente penitenciário. Foram encontrados, no Instituto Penal de Campo Grande, 24 aparelhos celulares, 24 carregadores, 19 fones de ouvido e 7 chips; 562 gramas de maconha; 626 gramas de a cocaína.