Campo Grande

16/06/2017 19:00

Jardim Veraneio vira depósito de lixo a céu aberto e população se revolta

Terrenos baldios do bairro estão se tornando uma norma na região

16/06/2017 às 19:00 | Atualizado Anna Gomes
Até sofá é descartado nos terrenos - Anna Gomes

Os terrenos baldios do Jardim Veraneio, localizado na região norte de Campo Grande, estão virando uma verdadeira 'dor de cabeça' para quem mora no local. Além do mato alto e os  buracos, agora a população está descartando até móveis usados em locais onde não existem residências.

Não precisa andar muito para encontrar o descarte irregular de lixo. Em alguns terrenos baldios, até sofás são encontrados. O lugar está se tornando um 'lixão a céu aberto' e os moradores ficam com medo de doenças como a dengue.

"Jogam tudo por aqui e com as chuvas a gente fica com medo da dengue e outras doenças. Estamos esquecidos, o matagal também é grande e os riscos de assaltos e estupros são constantes devido à iluminação precária", ressaltou uma moradora.

Para o professor Carlos Figueira, 43 anos, devido à grande quantidade de terrenos baldios, a população sem consciência acaba aproveitando para descartar os lixos nos lugares. "A grande maioria vem de outras regiões da cidade. Aqui a gente encontra de tudo, animais mortos, televisores, camas e sofás velhos. Reclamamos do poder público, mas os próprios cidadãos fazem esse tipo de crime, pois para mim é crime sim, já que as pessoas que moram aqui ficam correndo riscos devido a irresponsabilidade dos outros. Tenho filhas pequenas e é um descaso", desabafou.

                              

                                        (Animais mortos também são jogados, causando um forte odor.)

 

Não é a primeira vez que o Jardim Veraneio é alvo de denúncias no TopMídiaNews, além de todo problema enfrentado com os lixos encontrados na região, os buracos também são um transtorno diário para os moradores.

"Onde tem asfalto é cheio de buracos e onde não tem fica completamente ilhado quando chove. Algumas ruas se tornam verdadeiros rios e os moradores ficam impossibilitados de saírem de suas casas. Acredito que isso é um absurdo, já que pagamos impostos tão caros", disse o arquiteto Fabiano Arruda de 34 anos.