Política

18/04/2017 11:09

Puccinelli nega propina e responsabiliza Zeca do PT pela dívida com Odebrecht

Ex-governador divulgou nota negando acusações

18/04/2017 às 11:09 | Atualizado Airton Raes

O ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), divulgou nota oficial negando suposta exigência de qualquer vantagem ou apoio financeiro aos executivos da empresa Odebrecht.

Puccinelli explicou que negociou com a empreiteira uma dívida deixada pelo seu antecessor, ex-governador Zeca do PT, de R$ 79 milhões. O valor foi negociado em R$ 24 milhões em cinco parcelas fixas mensais.

André Puccinelli destacou que não pediu qualquer vantagem pessoal pelo pagamento da dívida com a Odebrecht. “Eu não pedi qualquer vantagem pessoal mesmo porque, tendo exigido junto com a PGE (setenta por cento de desconto), seria inverossímil acreditar que contribuíssem para minha campanha”, destacou.

O ex-governador afirmou que está à disposição da Justiça para prestar maiores esclarecimentos. “Estou à disposição da Justiça, como sempre estive, e sou político que sempre abriu mão dos sigilos bancário e fiscal desde o primeiro mandato eletivo, até hoje”, completou.

Em depoimento, o executivo da Odebrecht João Pacífico contou que André Puccinelli só aceitou pagar uma dívida do Estado com a empresa, após receber 10% do valor da dívida em forma de contribuição de campanha. Durante a delação, Pacifico afirmou que somente quando estava nas vésperas da reeleição foi que Puccinelli resolveu negociar o pagamento devido à empresa, afirmando que além de dar um desconto de 70%, eles teriam que parcelar os valores da propina.