13/04/2017 07:00
'Eu não vou quebrar Campo Grande', afirma Marquinhos sobre reajuste salarial
Prefeito reclamou da falta de apoio da União, parada com os escândalos políticos
O prefeito Marquinhos Trad, do PSD, estuda tomar medidas impactantes para o município e ruins politicamente. Entre as decisões está a possibilidade de não conceder aumento aos servidores públicos sob o argumento de 'não quebrar' o município. A declaração é do próprio prefeito.
"Não vim fazer carreira, quero estar com uma cidade boa para todos vocês. Se tiver que cortar mais do que já cortei, vou cortar. Se tiver regalias, se tiver que não dar aumento, eu não vou dar aumento. Eu não vou quebrar Campo Grande", disse Marquinhos.
O prefeito lembrou que o município não tem recebido recursos de Brasília (DF), uma vez, que a Capital federal está parada. "Brasília parou e tudo está caindo nos municípios, nunca se pegou uma fase no Brasil em que os municípios estivessem tão prejudicados como estamos. A maneira como pegamos a cidade com todas as dívidas, diminuíram até o FPM (repasse obrigatório aos municípios)", afirmou.
Marquinhos ainda comentou sobre a lista da Lava Jato e a possibilidade de Campo Grande não receber recursos. "Em Brasília não se fala em outra coisa: Lava Jato, Fachin e Previdência. A gente tem batido na porta de todos eles, mas não conseguimos nada", pontuou.
Por isso, como 'plano b', o prefeito estuda tomar medidas impopulares, como o cortes nos salários dos servidores. Ao ser questionado sobre o reajuste, o prefeito apenas afirmou que vai marcar com as categorias para "sentar e conversar". E se limitou a dizer que já abriu diálogo com os professores. "Estamos conversando", finaliza.
Durante o balanço dos 100 dias de governo, Marquinhos afirmou que o município tem em caixa R$ 74 milhões, porém, uma dívida de R$ 396 milhões com fornecedores e que precisa ser paga.