15/03/2017 06:45
Professores e motoristas de ônibus cruzam os braços nesta quarta contra reforma previdenciária
Reinaldo ameaçou corta pontos e Marquinhos pede que não sejam radicais contra paralisação dia 15
Os professores do Estado e do município e os motoristas de ônibus de Campo Grande pararam os serviços nesta quarta-feira (15). A paralisação não é contra o Governo do Estado que já ameaçou corta o ponto, e a prefeitura de Campo Grande, cuja até o momento tenta o diálogo.
Segundo o presidente da Fetems, Roberto Botarelli,, a greve está amparada na Constituição Federal e o protesto é contra o governo federal. "Eu disse isso em audiência com governador Reinaldo Azambuja que a greve não é contra o Governo do Estado, é contra o Governo Federal e essa reforma previdenciária, contra o [Michel] Temer e o golpe. Agora pensa, quem está agora trabalhando vai demorar muito tempo para se aposentar e isso toda a população vai prejudicada, o momento é lutar agora".
Botarelli ainda afirmou que, para o contribuinte que quiser se aposentar, terá que 49 anos de contribuição e idade de 65 anos, para ambos os sexos. "Só que para isso, por exemplo, a pessoa teria que ter começado com 16 anos. E a gente sabe que são pouco que chegam aos 65 anos nesse país, dependo do que faz. Ou seja, não vai ter tempo para se aposentar".
Ônibus
Foi confirmado nesta manhã que os funcionários do transporte coletivo de Campo Grande paralisaram também suas atividades, contra a reforma da previdência proposta pelo presidente Michel Temer.
Os motoristas, em primeiro momento, irão paralisar suas atividades por duas horas, tempo permitido por lei para serviços essenciais. Os ônibus só começarão a sair das garagens as 7hs da manhã, como na paralisação que tivemos em 2016 pelo reajuste dos salários dos motoristas.
Prefeitura
Durante agenda pública realizada na Câmara Municipal de Campo Grande, o prefeito Marquinhos Trad, do PSD, disse que até o momento, não estuda fazer cortes de pontos para a paralisação.
"Estamos conversando e não quero que chegue a esse ponto. Temos que ter a liberdade de diálogo. Ele [Borarelli] disse que não contra o município, mas só que vai prejudicar crianças da cidade toda só por uma coisa que vai ser votada em Brasília"?
O prefeito disse que espera que os professores da rede municipal façam a grave de outra maneira. "Fiquem em silêncio por duas, horas, ou usem roupas brancas ou pretas. Mas não pode ser esse modelo radical. Façam a manifestação e registrem o repúdio, mas não machuquem muito a cidade", finalizou.