09/03/2017 10:17
Terrorismo: Reinaldo ameaça cortar ponto de professores que entrarem em greve
Categoria ameaça paralisação contra reforma da previdência
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) prometeu, nesta quinta-feira (9), medidas enérgicas contra os professores da Rede Pública Estadual que aderirem ao movimento nacional de greve contra a Reforma da Previdência, em tramitação no Congresso Nacional. Ele pretende cortar a folha de ponto dos servidores, com consequente desconto na folha de pagamento.
Segundo ele, a pauta é nacional e não há motivos para prejudicar os alunos sul-mato-grossenses por conta disso. Se a categoria, que vai realizar paralisação no próximo dia 15, resolver entrar em greve pelos direitos dos trabalhadores, Reinaldo promete ingressar judicialmente contra o movimento.
Já em relação ao reajuste salarial de 7,64% que deveria ser repassado aos professores na data-base de fevereiro, Reinaldo se calou e se recusou a responder os questionamentos.
Paralisação
A Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) organiza paralisação no dia 15 para protestar contra a Reforma Previdenciária, proposta pelo presidente da República, Michel Temer (PMDB). Para a instituição, este seria o golpe 'mais duro aos direitos constitucionais dos trabalhadores.
A categoria, em comunicado em sua página, afirma que a Previdência é parte de um tripé do Sistema da Seguridade Social, instituído pela Constituição Federal (CF) de 1998, que assegura e garante direitos relativos à Saúde, à Previdência e à Assistência Social ao cidadão/trabalhador que estiver em situação de desemprego, doença ou velhice.
Segundo a Fetems, o Sistema da Seguridade Social é financiado por toda a sociedade de forma direta e indireta. As principais receitas da Seguridade vêm dos trabalhadores, dos empregadores e do governo. Em 2015, a Seguridade Social teve um saldo positivo de 11 bilhões de reais. Portanto, alega que não há rombo no sistema como é defendido pelo governo de Temer.
No entendimento dos representantes, a Reforma da Previdência vai fazer com que os trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos trabalhem até morrer, contribuam mais com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e ganhem menos na aposentadoria. O governo quer, ainda, por meio da Desvinculação de Receitas da União (DRU), desviar os recursos das contribuições para usar livremente em outras áreas.
Por estão razão, a entidade realiza a manifestação no próximo dia 15, contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 287/16 vai contribuir com o aumento das desigualdades no Brasil e em pouco tempo teremos um país com alguns ricos e milhões de pobres.