06/03/2017 17:00
Obra parada do Aquário recebe mais R$ 2 milhões pra museu que sequer existe
Valor liberado chega a R$ 2,1 milhões, conforme publicação oficial
Com autarquias sem diálogo, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul liberou R$ 2.1 milhões para acabamento do Museu Interativo da Biodiversidade do Aquário do Pantanal (MIBIO). Porém, o Aquário está abandonado e, desde fevereiro, a própria Agesul determinou a paralisação da obra por 120 dias com a construtora responsável, a Egelte Engenharia Ltda.
A publicação, que consta no Diário Oficial no dia 8 de fevereiro, se refere ao Contrato OC n° 028/2011, de 17/03/2011, que paralisa a obra. No entanto, no dia 15 do mesmo mês, o Imasul publicou o Extrato do Termo de Cooperação Técnica e Financeira, Nº 001/2017, Processo nº 61/403.006/2016, a qual liberou recurso tendo como objetivo, o fornecimento de materiais e mão de obra especializadas para contratação de serviços técnicos especializados de instalações e montagens de infraestrutura para cabeamentos.
O serviço seria para rede elétrica, lógica, RFID, áudio, monitores interativos, projeção, computadores, luminotécnica, iluminação cênica, eletrocalhas aéreas, tubulação seca, quadros de luz, automação, eletromecanização, mecanização e equipamentos eletrônicos para o funcionamento do Museu Interativo da Biodiversidade do Aquário do Pantanal (MIBIO).
Para execução, conforme consta na publicação, 'serão destinados pelo IMASUL recursos no valor total de R$ 2.186.857,00 (dois milhões cento e oitenta e seis mil oitocentos e cinquenta e sete reais); Dotação Orçamentária 18.541.2029.2718.0001 – Aquariopant; Fonte 0244; Natureza da Despesa 44905117'.
A vigência, da alteração e da prorrogação vale por 11 meses, a partir da data de sua assinatura, 'podendo ser prorrogado e/ou alterado, por meio de Termo Aditivo, por expressa manifestação dos partícipes, mediante apresentação de novo Plano de Trabalho, quando for o caso, para a devida aprovação'.
O Museu
Em 2015, o então engenheiro da Agesul, responsável por fiscalizar as obras, Domingos Sávios, afirmou que o Aquário contaria com um museu em que o turista poderia entrar em um equipamento chamado ‘Bionave’, onde realizaria um passeio em 6D pelas belezas de Mato Grosso do Sul. No centro do complexo, haverá o pátio descoberta com as regiões alagadas e animais maiores como jacarés, lontras e ariranhas. A obra seria financiada pela Petrobras como propósito, contar a história do bioma Pantanal.
O Aquário, ao ser concluído teria 21 mil m² de área construída em que contará a história do bioma Pantanal e deve abrigar espécies de peixes de todos os continentes. A estrutura deve ter 32 tanques, sendo 26 internos e oito externos, mais um auditório com capacidade para 250 pessoas, uma biblioteca, seis laboratórios, além do museu.
A obra já consumiu mais de R$ 200 milhões, sendo que o valor estimado era em torno de R$ 84 milhões. Para a conclusão, seria necessário investimento de um pouco mais de R$ 60 milhões. A obra não tem previsão para ser concluída e segue se deteriorando no tempo .