05/03/2017 11:30
Mototaxistas reclamam do preço, mas sindicato diz que mototaximetro é 'único no mundo'
Os cerca de 700 mototaxistas que atuam em Campo Grande reclamam do alto preço do equipamento
Os cerca de 700 mototaxistas que atuam em Campo Grande reclamam do alto preço do mototaximetro, que custa R$ 950, e será obrigatório para todos dentro de 180 dias. O sindicato que representa os profissionais alega que testou diversos aparelhos, mas somente um resistiu e foi aferido pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia).
De acordo com a tesoureira do Sindimototaxi, Idelúcia Boaventura, há dois anos o sindicato procura pelo aparelho, mas o ideal só foi encontrado agora, porém só existe uma fabricante no mundo inteiro. Ela acrescenta que Campo Grande é a única cidade do país a promover a instalação do aparelho.
''Fizemos teste com outro, mas não durou 40 dias'', relata. Ela contou que o preço, de R$ 950, é 'salgado' e que está todo mundo está reclamando, mas não tem outro jeito. ''A gente torce para outra empresa aparecer, para ter concorrência, mas por enquanto é isso. Esse valor será possível parcelar em até 12 vezes '', afirmou a sindicalista.
(Mototaximetro é apresentado aos profissionais na prefeitura - Foto: PMCG)
Segundo o Sindimototaxi, 50 aparelhos já estão encomendados para a Sufab, empresa que vai produzir os mototaximetros, cuja sede no Brasil fica na cidade paulista de Cerquilho. Porém não há previsão de quando esses produtos cheguem à cidade. Ainda conforme o sindicato, o aparelho é pequeno, ficará acoplado no guidão da moto e não oferece nenhum risco à bateria da motocicleta.
Dúvidas e reclamações
Os mototaxistas ouvidos pela reportagem concordam com o decreto que exige o mototaximetro, e dizem que o aparelho vai propiciar transparência para atividade. ''Nem sempre o preço é igual para o mesmo trajeto, então isso vai facilitar'', comentou o mototaxista Paulo, que atua no centro da Capital.
Porém, a maioria deles disse estar em dúvida quanto a aquisição da peça e também sobre o valor. ''Por enquanto só estamos sabendo pelos jornais''.
Outro profissional da área, que não quis se identificar, também tem muitas dúvidas e ouviu falar que em Goiânia tem o aparelho.
Douglas Fabiano, 31, atua no ponto da Rua 15 de Novembro, quase esquina com a Avenida Calógeras, e também reconhece a necessidade do mototaximetro, mas alerta que alto preço do aparelho vai refletir no preço da passagem. ''O preço vai ser repassado e cair no bolso do consumidor'', disparou.