Alegando um déficit de R$ 180 milhões, o secretário Municipal de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto apresentou, durante audiência pública na Câmara Municipal, possíveis cortes de gastos, com objetivo de tirar a prefeitura do vermelho. Entre os cortes, o secretário destacou a possibilidade da redução de plantonistas nos postos de saúde, o que não agradou os parlamentares.

O vereador Betinho (PRB) afirmou ao TopMídiaNews que não participou da audiência, mas não vê essa possibilidade de redução de plantonistas com bons olhos. "Não pude estar presente, mas não sou a favor de cortes como este, acredito que tem que ter redução, mas de outra forma. A saúde hoje é uma das áreas mais afetadas, assim como a segurança pública, vejo as pessoas reclamando da falta de pediatra com frequência".

O democrata Vinicius Siqueira disse que pediu ao seu auditor de contas para participar da audiência, mas ainda não possui uma opinião sobre a possibilidade e afirma que necessita de um estudo antes de emitir opinião, já que acredita que o Poder Executivo terá que fazer cortes em diversas áreas.

"Eu tenho que fazer uma análise sobre a situação antes de formar opinião, porque já ouvi falar até que existem plantonistas em excesso, mas o caso tem que ser analisado. Reduções devem ser feitas, isso terá que fazer mesmo, mas tudo com uma estudo aprofundado dentro do possível", diz o vereador.

Vinicius destaca que pretende realizar uma auditoria na Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e garante que já pediu autorização ao prefeito Marquinhos Trad (PSD). "Eu vou fazer uma auditoria na Semed e depois uma na Sesau, já conversei com o prefeito, aí eu terei em mãos estudos para ter uma opinião sobre essa questão".

Para o vereador Fritz (PSD), é impossível cortar a escala de plantões. "Hoje é impossível cortar a escala de plantão, mas eu participei da audiência e acredito que o secretário se refere a formas de pagamentos, porque não pode diminuir a escala, para isso, é necessário ter a autorização do Conselho Municipal de Saúde. O secretário apenas fez um diagnóstico".

Fritz destaca ainda que a escala deve ser discutida com o secretário de Saúde do município, Marcelo Vilela, que tem maior noção dos principais impactos que a redução poderia causar. 

A vereadora Enfermeira Cida Amaral (PTN) disse que se mantém contra a possibilidade, já que o corte prejudicaria diretamente a população. “O quadro já é deficitário e tal corte prejudicaria diretamente a população campo-grandense. Uma vez, que teríamos menos mão de obra nos postos de saúde da nossa cidade”.