25/01/2017 11:01
Começo de ano vira pesadelo para família que perdeu tudo em incêndio de barraco em Campo Grande
Sem ter como trabalhar, o pedreiro que ficou mais de 10 dias em coma pede ajuda para a família
O que era para ser uma noite de comemorações, virou um verdadeiro pesadelo para Fernando Barbosa de Souza, 20. No último dia 25 de dezembro de 2016, o barraco onde o pedreiro vivia com a namorada e o filho de dois anos pegou fogo e a família teve várias queimaduras pelo corpo.
Fernando morava em um barraco de lona, no Bairro Bom Retiro, na Capital, um dos locais para onde os moradores da favela Cidade de Deus foram transferidos. Na madrugada do Natal, enquanto a família dormia, ainda por motivos, desconhecidos as chamas rapidamente se alastraram. A namorada de Fernando e o filho tiveram queimaduras pelo corpo, mas o pedreiro foi o mais atingido, já que precisou entrar novamente no barraco para salvar a criança.
Após o incêndio, a vida do trio que sonhava com uma casa própria e viver decentemente, passou a se tornar um pesadelo. Fernando ficou em coma no hospital por mais de dez dias e agora, com alta médica está com muita dificuldade de conseguir comprar alimentos, roupas e até os medicamentos necessários para as queimaduras.
Conforme a irmã do pedreiro, Cristina Maria de Souza, 31, após o triste episódio, o Fernando ficou sem casa, sem móveis e até sem roupas para vestir.
"Ele, a namorada e meu sobrinho estão todos no barraco da minha mãe que também fica no Bom Retiro. Ela é diarista e está lutando para conseguir dar comida para todos. São quatro pessoas morando em um barraco de duas peças. A situação conseguiu piorar depois que minha mãe sofreu um acidente doméstico e machucou as mãos, ou seja, ela também está parada sem conseguir ir ao trabalho", lamenta.
(Fernando em coma no hospital)
Segundo os familiares, a criança está passando necessidades, já que a família não está conseguindo comprar nem leite e fraldas para o menino que sofreu queimaduras principalmente nas mãos e na cabeça. "Eles estão apenas com três peças de roupas, usa um dia e vai lavando para usar novamente. Os medicamentos são caros e não conseguimos na rede pública, um amigo nossa fez algumas campanhas pelas redes sociais para adquirirmos doações. Precisamos de tudo", destacou a irmã.
A família do pedreiro reside no Bairro Bom Retiro há nove meses na esperança de conseguir morar em uma casa própria, residência essa que o então prefeito Alcides Bernal prometeu concluir as obras em dois meses, mas os moradores até o momento ainda não foram contemplados.
As doações podem ser entregues na Rua Álvaro Moura, lote: 9 no Bairro Bom Retiro.
O telefone para entrar em contato com a família é o (67) 99162-7602.