Campo Grande

29/01/2017 17:55

UTR opera abaixo da capacidade e somente 1,5% do lixo da Capital é reciclado

Local poderia gerar emprego para 414 pessoas em três turnos

29/01/2017 às 17:55 | Atualizado Thiago de Souza
Lixo a ser separado é apenas 3% do recolhido na cidade - Thiago de Souza

A UTR (Unidade de Triagem de Resíduos), que fica na BR-262, em Campo Grande tem capacidade para operar com até 414 trabalhadores em três turnos, porém, um ano e meio após ser inaugurada, só funciona com 100 pessoas, em um único turno.  

A mão de  obra que atua na UTR vem de três cooperativas e uma associação. Eles são responsáveis por separar todo material de interesse das empresas, entre eles o papelão, vidro, cobre e plástico. 

Segundo a Solurb, empresa responsável pelas coletas seletiva e convencional em Campo Grande, o que chega à UTR representa 3% do lixo produzido na cidade. ''Desses 3% ainda é feita a separação e cerca de 1,5% do que chega vai para as usinas que reciclam o produto'', explica o coordenador da UTR, Sebastião Fernando. Segundo o funcionário, o que sobra é chamado de rejeito e é destinado ao aterro que fica a cerca de 400 metros da unidade.

(Material selecionado vai para usinas de reciclagem - Foto: Thiago de Souza) 

Para a Solurb, o percentual de 3% de material separado da coleta domiciliar é considerado 'mediano' em relação a média nacional. Um índice considerado alto, segundo a empresa, é em torno de 6 a 10%. 
 
Sebastião Fernando esclarece que a Solurb apenas coordena os trabalhos na URT e que os cooperados e associados tem administração própria, inclusive liberdade para flexibilizar o horário de trabalho conforme a produtividade que se espera no dia. Segundo o funcionário, normalmente a operação no local começa às 7h30 até às 11h e das 13h às 16h30. 

Sobre a coleta seletiva na Capital, considerada aquém do que é possível, a atual administração esclareceu que o PCS (Plano de Coleta Seletiva) está em fase de finalização, e que deve ser concluído na ocasião da I Conferência de Resíduos Sólidos/Plano de Coleta Seletiva, prevista para 4 de março deste ano, e que terá ampla participação da sociedade civil. 

Já para o Consórcio CG Solurb, a coleta seletiva é um serviço oferecido há pouco tempo aos campo-grandenses e a maioria das pessoas ainda não tem o costume de fazer essa separação. Diz ainda que com políticas públicas voltadas à reciclagem, educação ambiental e focada principalmente nas crianças  ''Podemos alcançar números melhores do que temos atualmente''. 

(Área da UTR pode ser ampliada pela Prefeitura da Capital - Foto: Thiago de Souza)